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Climatização do Pêro da Covilhã concluída até final do ano

Primeira parte do projecto já está concretizada, resta terminar a segunda para levar ar fresco a todo o hospital

A segunda fase do projecto de climatização do Hospital Pêro da Covilhã deverá estar concluída «até ao final do ano». A garantia é dada por Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), que espera ter aquela unidade de saúde «completamente» climatizada nos próximos meses.

Apesar de há um ano ter apontado para esta altura a conclusão da instalação daquele equipamento, na verdade só «se conseguiu» concretizar uma parte do projecto, com os 650 mil euros disponibilizados pelo Ministério da Saúde para este e outros hospitais do país situados em zonas sensíveis. «O montante foi todo utilizado e fez-se o que foi possível fazer», explica Miguel Castelo Branco, revelando que actualmente apenas a maior parte dos pisos zero, um e dois têm ar fresco, «daí para cima não está nada feito», assume. Por isso foi necessário passar à segunda fase deste projecto, estando actualmente a decorrer a parte documental para posteriormente se passar à execução propriamente dita. Até lá, os restantes pisos do hospital têm que continuar a socorrer-se das ventoinhas e dos estores semicerrados para utentes e profissionais suportarem as elevadas temperaturas que se têm sentido neste Verão. O internamento (quarto e quinto pisos) é a área mais crítica: «Sabemos que não está nas melhores condições», confirma o presidente do CA, que garante terem sido tomadas medidas para dar o melhor ambiente possível, pelo menos através da aquisição de algumas ventoinhas. Mas «não são suficientes», nem sequer a técnica das cortinas de água para, através da evaporação, o ar sair mais frio, porque «não se consegue combater a grande temperatura exterior», garante.

O problema é que apesar de ser uma estrutura com apenas seis anos, somente as áreas mais críticas, como o Bloco Operatório, a Unidade de Cuidados Intensivos, algumas zonas da consulta e a Obstetrícia foram construídas com ar condicionado de raiz. Nas restantes foram instalados sistemas de ar forçado, entendidos na altura como suficientes para a região. Contudo, principalmente nos meses de Verão, esse sistema tem-se revelado «insuficiente para assegurar um ambiente adequado no hospital», justifica Miguel Castelo Branco. Apesar disso, o Pêro da Covilhã já foi construído com todo o sistema de condutas de ar, mas na unidade hospitalar do Fundão terão que ser criadas, daí o processo ser «diferente e mais moroso» do que na unidade vizinha. Para já, resta aos doentes e aos profissionais de saúde aguentarem o calor «insuportável» sentido na maior parte das áreas dos dois hospitais. Segundo um enfermeiro do hospital da Covilhã, que pediu o anonimato, é «muito complicado trabalhar nestas condições», revelando que sobretudo «os do quinto piso assam». E indica ainda que a maior parte das ventoinhas distribuídas pelos serviços foram «compradas pelos funcionários», lamentando o facto de «terem começado a instalação do ar condicionado na administração».

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