O indicador de clima económico em Junho continuou a diminuir, chegando a -2,2, um movimento em quebra que já se mantém desde julho de 2010, revelou anteontem o Instituto Nacional de Estatística (INE) na Síntese Económica de Conjuntura.
Segundo o documento, apesar de uma descida do indicador de sentimento económico, «o indicador de confiança dos consumidores recuperou ligeiramente na Área Euro (AE) e na União Europeia (UE27)», ainda que os preços das matérias-primas e do petróleo tenham registado «crescimentos homólogos expressivos em Junho, embora desacelerando face ao mês anterior». De acordo com números disponíveis até maio, o INE refere que o indicador de consumo privado diminuiu de -1,2 em Abril para -1,8, «refletindo o contributo negativo de ambas as componentes, consumo duradouro e consumo corrente». O indicador de Formação Bruta de Capital Fixo ressentiu-se, também, da «evolução negativa de todas as componentes, salientando-se a de construção», explica o instituto, com números que passaram de -6,4 em abril para -8,6 em maio.
Por outro lado, o indicador de atividade económica, também ele disponível até maio, «estabilizou [em 1,9], suspendendo o perfil negativo observado desde setembro», indica o INE. «Relativamente ao comércio internacional de bens, em termos nominais, voltaram a observar-se em maio crescimentos homólogos elevados das importações e das exportações, de 10,8 e 16,4 por cento (9,2 e 16,5 por cento em abril), respetivamente», escreve aquela entidade. Relembrando dados relativos à inflação, o INE menciona a variação homóloga mensal do Índice de Preços no Consumidor de 3,4 por cento em Junho, menos 0,4 pontos percentuais do que em maio.