A exibição do filme “O Grande Ditador”, de Charlie Chaplin (1940), esta noite – hoje é o Dia Mundial do Cinema – no Cineteatro da Casa da Cultura de Seia marca o arranque do ciclo “Edelweiss” com o qual o 7A Sena – Núcleo Cinéfilo de Seia se propõe revisitar em novembro a IIª Guerra Mundial, cujo 70º aniversário se assinalou este ano.
Para tal, a organização escolheu duas obras que, como a referida flor alpina que dá nome a este pequeno ciclo, representam «a beleza, pureza e dedicação emergidas da adversidade» e são obras marcantes da história do cinema criadas em relação direta com a II Guerra Mundial. Assim, depois da obra-prima de Chaplin – um dos primeiros filmes sonoros do génio do cinema mudo e possivelmente o único em que o personagem de Charlot fala –, que é uma sátira a Hitler, ao seu regime e ideais, a 19 de novembro será projetado “Hiroshima, meu amor”, de Alain Resnais (1959). Neste caso, trata-se de um libelo pela paz e de evocação poética do tempo e da memória. O argumento é da autoria da escritora Marguerite Duras e inicialmente o filme era para ter sido um documentário sobre a reconstrução de Hiroshima depois da destruição provocada pelo lançamento da primeira bomba atómica da História pelos Aliados.