O Cinecôa – Festival Internacional de Cinema de Foz Côa começa amanhã com uma homenagem ao produtor Tino Navarro e tem em cartaz cerca de duas dezenas de filmes oriundos de oito países.
A seleção oficial da quinta edição, que se prolonga até domingo no auditório municipal de Vila Nova de Foz Côa, inclui documentários, curtas e longas-metragens de ficção do Brasil, Espanha, Estados Unidos, Guiné-Bissau, Luxemburgo, México, Portugal e Ucrânia. Vários realizadores estarão presentes e haverá algumas estreias nacionais, sendo que a realizadora brasileira Lardyanne Pimentel apresentará a sua última produção em estreia mundial. Outro dos momentos altos do festival acontece amanhã com a homenagem a Tino Navarro, responsável por alguns dos maiores sucessos do cinema português. Nascido em Vila Flor, o produtor estreou-se com o cineasta José Fonseca e Costa, recentemente desaparecido, tendo produzido filmes como “A mulher do próximo” (1988), “Adão e Eva” (1995), “Tentação” (1997), “Call Girl” e “Os gatos não têm vertigens” (2014), que será exibido amanhã à noite.
Na sessão está previsto exibir as primeiras imagens do novo filme “Amor impossível” que António Pedro Vasconcelos realiza com produção de Tino Navarro. No sábado, após o filme multipremiado “Pecado fatal”, de Luís Diogo, atuará Daniela Galbin, nomeada para o Prémio SOPHIA da melhor canção de cinema e cujas canções receberam a “Menção de Melhor Contributo Técnico-Artístico” na competição de melhor longa-metragem europeia do “Overlook 2014-5th CinemAvvenire Film Festival”, em Roma (Itália). No domingo, o Cinecôa termina com um cine-concerto pelo compositor, guitarrista e cineasta Joaquim Pavão, que vai musicar ao vivo o seu último filme “Miragem”. Organizado pela Câmara fozcoense, o festival é complementado com uma exposição de desenhos do filme “Até ao tecto do Mundo”, a primeira longa-metragem do cinema de animação português e tem programadas sessões para a infância e juventude. Este ano, o Cinecôa suscitou alguma polémica porque a Associação para Promoção da Arte e Cultura Vale do Côa e Douro Superior acusou a autarquia de desvirtuar o espírito original do festival. Em resposta, o município recordou que o Cinecôa é uma marca registada em nome daquele município. «O festival é pago pela autarquia, com exceção do ano passado, em que se aproveitou uma candidatura efetuada pela Fundação Côa Parque», acrescentou o presidente Gustavo Duarte.