Cinco consórcios – quatro nacionais e um francês – estão na corrida à compra de 49 por cento da empresa municipal Águas da Covilhã (AdC). Estes grupos, que concorreram ao concurso público internacional cujo prazo terminou no passado dia 18, passaram à segunda fase do processo e foram divulgados na reunião do executivo camarário, na última segunda-feira. Os proponentes têm agora até 4 de Dezembro para apresentar as suas propostas e o preço que estão dispostos a pagar.
A Geswater – Águas e Resíduos SGPS, consórcio que detém a concessão de 49 por cento do capital da Empresa Pública Agere – Empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga, é constituída pelas empresas Domingues da Silva Teixeira, Alexandre Barbosa Borges e a BragaParques, que gere o silo-auto do Pelourinho. Já a Compagnie Génerale des Eaux, Portugal concorre associada à Ambolma – SGPS, enquanto a AGS – Administração e Gestão de Sistemas de Salubridade está na corrida com a Hidurbe – Gestão de Resíduos. A AGS é a empresa do grupo Somague vocacionada para a gestão e manutenção de infraestruturas de água, sendo a Hidurbe a sua subsidiária para o desenvolvimento da gestão da recolha e as soluções de tratamento dos resíduos sólidos. Recorde-se que a primeira já opera na Covilhã através da Águas da Serra (AdS), empresa que, no ano passado, ganhou a concessão do tratamento e saneamento em alta no concelho por 30 anos.
A Aquapor, do grupo Águas de Portugal, é actualmente a responsável ou co-responsável pela gestão e operação de 11 sistemas municipais de abastecimento de água e saneamento, prestando serviços em 24 municípios. Concorre em parceria com a Recolta – Recolha, Tratamento e Eliminação de Resíduos Sólidos e com a Redeteca – Construção e Instalação de Redes de Gás. Por último, há o consórcio formado pela Indaqua – Industria e Gestão de Água; Suma – Serviços Urbanos e Meio Ambiente e a Ideialoft – Investimentos Imobiliários. A Indaqua é pioneira nas concessões privadas neste sector em Portugal, tendo ficado responsável pela exploração e distribuição da água no concelho de Fafe. Actualmente é também accionista maioritária nas concessões de Santo Tirso, Trofa e Santa Maria da Feira. Para Carlos Pinto, este é um concurso «com credibilidade», pois os candidatos têm «solidez e grande experiência no sector». Todavia, para o negócio se concretizar o autarca quer receber uma «verba justa», que não especificou. No entanto, quando anunciou o concurso público, o autarca disse esperar arrecadar cerca de 40 milhões de euros pelo património dos antigos Serviços Municipalizados.
A oposição mantém as críticas ao negócio e promete não baixar os braços na contestação.
Liliana Correia
