São cinco ao todo os ilustres covilhanenses que o município vai homenagear na próxima segunda-feira por ocasião das comemorações dos 133 anos de elevação a cidade. Manuel Campos Costa, José Nunes Simões, José Carlos Lourenço Diamantino, José Fiadeiro e o Grupo Humanitário dos Dadores de Sangue irão receber a “medalha de mérito” pelo trabalho que sempre desenvolveram em prol do progresso da cidade. Provenientes de áreas tão distintas como a música, a cultura, o desporto, a engenharia têxtil e o voluntariado social, os homenageados deste ano são considerados os “embaixadores” do bom-nome da Covilhã na região, país e além fronteiras.
Nascido em 1929, no seio de uma família covilhanense tradicional, o maestro Campos Costa é reconhecido pela sua grande experiência musical e o seu papel na promoção da cultura musical. O seu trabalho já foi agraciado por várias instituições, como a Ordem Imperial Bizantina de Santo Eugénio de Trebizonda e a Ordem Ecuménica de Malta. Fundou o Conservatório Regional de Música da Covilhã e é um dos principais impulsionadores da obra musical do compositor covilhanense Ernesto de Campos Melo e Castro. É ainda o responsável pelo Concurso de Piano “Cidade da Covilhã” e do Concurso Internacional de Instrumentos de Arco “Júlio Cardona”, ocupando desde 1975 o cargo de delegado da Juventude Musical Portuguesa na Covilhã. Neste momento tem em estudo o ressurgimento da Pro-Arte, sociedade de concertos fundada pelo maestro Ivo Cruz suspensa desde 1974, que proporcionará a reposição dos concertos de música de câmara na “cidade neve” e na Beira Interior. Campos Costa é ainda o responsável pela publicação de vários artigos de opinião, crítica musical e reportagens, para além de ser professor da Academia Sénior da Covilhã, que fundou e cujo coro dirige actualmente. A projecção cultural de José de Jesus Nunes Simões é também o ponto de partida do reconhecimento da autarquia. Natural do Refúgio, Nunes Simões foi o fundador do Rancho Folclórico e Etnográfico da sua terra natal, onde se mantém como principal responsável e director técnico desde 1966. Com 63 anos de idade, continua a trabalhar na recolha e divulgação das tradições, sendo co-autor do livro “Refúgio – Lugar de memórias e vivências”, em fase de elaboração. Quanto a José Carlos Lourenço Diamantino distinguiu-se no desporto, onde deu formação a crianças na Escola Básica nº3, na cidade. José Fiadeiro e o “Grupo Humanitário dos Dadores de Sangue” (ver textos nesta página) serão, por sua vez, distinguidos pelos contributos dados na área têxtil e social, respectivamente.