Esperava-se mais da equipa serrana depois da goleada na jornada anterior, mas o Covilhã acabou derrotado frente a um Operário que teve a estrela da sorte do seu lado. A equipa açoriana, líder do campeonato, marcou nas primeiras vezes que desceu à área contrária e acabou por conseguir defender a vantagem até ao final com alguma facilidade.
Foi a primeira derrota de Vítor Cunha no comando técnico dos “leões da serra”, resultado que faz o Covilhã cair vários lugares na tabela. A partida ficou marcada pelo mau tempo, com a chuva a deixar o terreno muito pesado, situação que beneficiou muito os visitantes. Os serranos nunca conseguiram impor o seu futebol, mais tecnicista, quando se pedia à equipa leonina mais músculo e jogo directo para a área contrária. Para piorar as coisas, logo aos 4 os açorianos abriram o marcador. Cruzamento de Hugo Santos, com a bola a fazer um arco estranho e a acabar no fundo da baliza, num lance onde Serrão não ficou muito bem na fotografia. O Covilhã demorou a responder ao golo inicial dos visitantes, que, pouco depois da meia-hora, conseguiram ampliar o marcador. Tiago Caeiro atirou uma bomba que Serrão defendeu para a frente, surgindo Nuno Curto, sem marcação, a facturar. Com uma desvantagem de dois golos, Cunha mexeu na equipa, mas até ao final do primeiro tempo o guardião do Operário teve pouco trabalho.
Na segunda parte, os serranos melhoram um pouco, só que o golo nunca esteve eminente. Luizinho, recém-entrado, até teve uma boa hipótese, mas Paulo Freitas conseguiu defender com alguma facilidade. E quando o Covilhã voltou a beneficiar de uma grande situação, como aos 52’, Pesquina acabou por fazer um passe para o guardião do Operário. Aos 66’, Edgar Carvalho ainda tentou a sua sorte, num remate cruzado, mas Paulo Freitas desviou para canto. A equipa açoriana respondeu e esteve perto do terceiro, não fosse o cabeceamento de Nuno Curto ter saído ao lado. Até final e com a chuva a cair com mais intensidade, o jogo piorou ainda mais, com o Covilhã a não ter soluções para conseguir bater a defesa insular. No final, Vítor Cunha referiu que o Covilhã «ofereceu» dois golos ao adversário e que, a partir daí, nunca «conseguiu ter soluções» para dar a volta ao resultado.
Francisco Carvalho