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Choque séptico provoca morte a criança da Covilhã

Vítima de quatro anos deu entrada no hospital em «estado de coma irreversível»

Uma criança de quatro anos de idade, residente no Canhoso, concelho da Covilhã, faleceu na semana passada no Centro Hospitalar da Cova da Beira, vítima de um choque séptico, uma situação causada por bactérias que provocam a dilatação excessiva de todos os vasos sanguíneos, queda da pressão arterial e, consequentemente, danos para os órgãos.

Em comunicado, o director clínico do Hospital da Covilhã, João Gomes, e o pediatra Ricardo Costa explicam que a morte da criança ficou a dever-se a um «choque séptico secundário a septicemia por salmonella, único agente isolado nos meios de cultura». A bactéria estaria presente em alimentos consumidos pela família, provocando uma reacção fatal no menino. De resto, na sequência da admissão da criança naquela unidade, «foram-lhe prestadas todas as medidas iniciais de tratamento devidas, incluindo a sua ressuscitação». Segundo João Gomes, a salmonella é uma bactéria vulgar, «mas em casos muito raros pode causar a morte, como agora aconteceu». Entretanto, em declarações à Agência Lusa, João de Deus, delegado de saúde da Covilhã, realçou que esta é uma situação «extremamente rara», acrescentando que se registam anualmente «menos de 10 casos de morte por choque séptico em Portugal». A criança deu entrada em estado de coma no Hospital da Covilhã por volta das três da madrugada de segunda-feira da semana passada, vindo a falecer na manhã seguinte. De acordo com a família, «a criança começou a ficar indisposta na tarde de domingo e quando chegou ao hospital já estava em estado de coma irreversível», relatou aquele responsável. O menino frequentava o Infantário do Canhoso que reabriu depois de ter sido desinfectado.

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