A caravana da Volta a Portugal em bicicleta passará durante quatro dias pelas estradas da Beira Interior, este ano sem a emblemática chegada à Torre. Desta feita, o ponto mais alto de Portugal receberá o pelotão duas vezes, mas apenas de passagem, o que já não sucedia desde 1999. A prova, que apresenta um percurso total de 1.671 quilómetros, começa a 5 de Agosto em Oeiras e termina dia 15 com um contra-relógio individual em Viseu. Na terceira etapa, dia 7, a caravana entra nas estradas da Beira Interior com a etapa Lousã-Fundão numa extensão de 156,2 quilómetros. No dia seguinte, Penamacor estreia-se como ponto de partida de uma etapa da Volta numa jornada que terminará em Castelo Branco. Esta será a tirada mais longa da prova, com 216,7 quilómetros. Depois de um dia de descanso, a 9 e 10 de Agosto seguem-se a quinta e sexta etapas, respectivamente, Termas de Monfortinho-Gouveia, com 183,7 quilómetros, e Trancoso-Fafe de 173,1 quilómetros. Os ciclistas passarão pela Torre na terceira e quinta etapas, com chegadas no Fundão e em Gouveia. No primeiro caso o pelotão sobe de Seia e no segundo de Manteigas. A etapa da Senhora da Graça, a oitava e antepenúltima, em Mondim de Basto, será a grande protagonista da 67ª edição da Volta. Em declarações ao diário “Record”, Joaquim Gomes, director técnico da PAD, que organiza a prova rainha do ciclismo nacional, garante que a ausência de uma chegada no ponto mais alto de Portugal continental fica a dever-se apenas a questões estratégias e não políticas: «É muito difícil, num percurso só com 10 dias e já com uma etapa mítica, a da Senhora da Graça, colocar outra tirada duríssima. Esta é uma justificação muito válida para não haver um final na Torre», garante.
