Um estudo desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) revela que a prevalência de hipertensão arterial na população adulata da Covilhã é de 56 por cento.
Os dados foram recolhidos de forma aleatória numa amostra de 1.045 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 99 anos, sendo 54,4 por cento do género feminino e 45,6 por cento do género masculino, com residência oficial no concelho da Covilhã. A investigação concluiu que a prevalência de hipertensão arterial na população adulta do concelho é ligeiramente superior no género masculino (58,3 por cento) quando comparada ao género feminino (54,1 por cento). Foi também possível constatar que 43,3 por cento da população inquirida apresenta hipertensão arterial não controlada. A par destes resultados, a pesquisa mostra que os factores de risco mais comuns na população adulta do concelho da Covilhã são a obesidade e o sedentarismo.
Em comunicado, o Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) já reagiu e conclui, de forma resumida, que a amostra recolhida no estudo «não cumpre os requisitos de representatividade da população do concelho, o que aliás fica expresso no descritivo do estudo», assim como «o título do mesmo não explicita este flagrante bias da amostra». Também o uso de um aparelho aneroide, e não de um oscilométrico, «levanta problemas de ordem metodológica, os quais, por si só, inviabilizam os objetivos» pretendidos com o estudo. «O erro metodológico na determinação da média da pressão encontrada em cada indivíduo, invalida a representatividade do valor global encontrado», é acrescentado pelo CHCB, que faz ainda uma «chamada de atenção, em particular, para a baixa adesão ao tratamento encontrada, fator a merecer a maior das atenções e preocupações para o controlo das DCNT e, em particular, da HTA».
Assim, «aquele que pretende ser o objetivo do estudo fica prejudicado e, mesmo inviabilizado, pelos erros nos materiais e métodos acima descritos», considera o CHCB.
