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CGTP promete «não baixar os braços»

Com uma greve geral que classifica de «excepcional» e de «memorável», Arménio Carlos pede «clarificação» ao Presidente da República. E garante que a luta e as greves são para continuar.

No primeiro balanço da greve geral de hoje, o líder da CGTP deu uma conferência de imprensa para garantir que as paralisações foram muito expressivas a nível nacional e até com uma adesão «muito equilibrada» entre os sectores públicos e os privados, onde, habitualmente, os níveis de participação grevista são mais baixos.

«Esta é, sem dúvida, uma greve geral excepcional», disse Arménio Carlos aos jornalistas, sublinhando que o sucesso reclamado pelos sindicatos permitem garantir que esta acção de protesto «vai dar frutos». Em concreto, Arménio Carlos garantiu que a central sindical – que já quatro vezes no mandato deste Governo liderou greves gerais – «não vai baixar os braços». «Veremos o que faremos a seguir. Mas não vamos baixar os braços», disse, garantindo que a central sindical «vai rapidamente voltar aos locais de trabalho» para auscultar os trabalhadores sobre novas e próximas formas de luta a adoptar.

Evidentemente satisfeito pelos resultados obtidos, Arménio Carlos tira os dividendos políticos desta greve. Assume que «este Governo não tem moral, nem condições objectivas para terminar o mandato» e pede a demissão do Executivo e a convocação de eleições antecipadas. «É um imperativo nacional», afirmou.

O segundo alvo político a que a CGTP se dirige é o Presidente da República. Cavaco «tem de pensar, hoje, sobre o que se passou em Portugal. E sobre o que terá de fazer», disse Arménio Carlos. «Não pode o Presidente da República fazer discursos no parlamento europeu sobre os excessos de austeridade e, depois, tranquilamente, deixar que as desigualdades se acentuem em Portugal», concluiu.

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