O Municipal de Celorico da Beira voltou a registar uma boa moldura humana para assistir à derradeira partida do campeonato entre o Celoricense e o Mileu. A equipa da casa já tinha garantido a subida à Iª Divisão Distrital, mas apesar da vitória por 4-2, o título acabou por ficar nas mãos do S.Romão.
Aproveitando o ambiente de festa, a direção do clube fez algumas homenagens antes da partida, nomeadamente Rui Ascensão, o capitão do Celoricense, pela sua dedicação e empenho apesar dos seus 42 anos. Quanto ao jogo, a equipa da casa tentou chegar com perigo à baliza de Matos, mas também a turma de Liberalino Almeida surgiu para lutar pelo resultado e lutou sempre de igual para igual. Mas aos 26’, numa bola lançada para o ataque, o experiente Rui Ascensão não hesitou e rematou para golo, para delírio das hostes celoricenses. A reação do Mileu foi positiva, só que a defensiva local deu conta das “encomendas”. Pouco depois, os pupilos de António Morgado aumentaram a vantagem com o jovem Rui Duarte a emendar da melhor maneira, sem hipóteses para Matos.
A partida estava bastante animada e o Celoricense continuou com o pé no acelerador. Aos 40’, Nelson fez o terceiro golo a concluir uma jogada rápida. Durante o intervalo, o clube homenageou os seus atletas dos “traquinas” e dos benjamins e entregou as medalhas alusivas à subida de divisão, numa cerimónia que contou com a presença das entidades oficiais da vila. O gesto bonito acabou por ser intensamente aplaudido de pé, pois o Celoricense lutou contra grandes obstáculos e conseguiu a subida ao escalão maior da Associação de Futebol da Guarda. Após o reatamento, as equipas entraram fortes, mas foi o Mileu que criou mais perigo através de rápidas jogadas de ataque e chegou ao golo por Batista. Como o Celoricense estava mais lento, os visitantes continuaram a pressionar e Mauro rasgou pela esquerda para rubricar um grande golo ao tentar um centro/remate em trivela, sem hipóteses para o guardião local.
Os donos da casa alteraram o sistema e voltaram a dominar, com Paulo a fazer o 4-2 final após ter desperdiçado imensas oportunidades de golo. Ainda na reta final, o Celoricense desperdiçou uma grande penalidade, com o remate a sair por cima. Arbitragem descansada de Fernando Nevado e seus pares.
António Pacheco
