O Conselho Empresarial do Centro (CEC) está a trabalhar na constituição de uma empresa de capital de risco para apoiar exclusivamente iniciativas empresariais no Centro do país, revelou Almeida Henriques, presidente daquela estrutura. A futura sociedade resultará de uma parceria entre investidores privados, da região Centro e do Estado, que repartirão equitativamente o capital e o esforço de financiamento. «O CEC está a negociar com o Ministério dos Assuntos Económicos uma participação, sendo certo que o fundo maioritário será sempre privado», disse Almeida Henriques, escusando-se, contudo, a avançar qual será o valor previsto para o capital social inicial.
«Ao contrário das outras sociedades deste género, pretende-se criar uma sociedade de capital de risco de proximidade, ligada ao desenvolvimento regional», sublinhou, adiantando que para alcançar este objectivo, e depois de iniciar o projecto da constituição da empresa com o Banco de Portugal, está previsto um “road-show” pelos seis distritos da região Centro «para angariar investidores privados». Segundo o presidente do CEC, o processo de constituição deverá demorar cerca de um ano, sendo pois provável que a empresa possa entrar em pleno funcionamento no final de 2005. Além deste projecto, o CEC pretende também criar uma estrutura – que poderá ou não ser uma empresa – para construir e gerir parques industriais, anunciou ainda Almeida Henriques, que também aponta o prazo de um ano para colocar este projecto em andamento. A ideia, que é entendida pelo Conselho Empresarial do Centro como um projecto-âncora, visa «criar um instrumento que potencie e valorize o investimento na região Centro, além da mera componente de negócio que prevalece noutros casos». O CEC, que é uma união de associações empresariais e simultaneamente Câmara de Comércio e Indústria do Centro, envolve cerca de quatro dezenas de estruturas associativas dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.
