José Pedro Branquinho mostrou-se satisfeito por a CDU ter conseguido aumentar a votação nestas legislativas (mais 400 votos que em 2005), «apesar de várias dificuldades e da bipolarização apregoada por PS e PSD».
O cabeça-de-lista da Coligação Democrática Unitária pelo distrito da Guarda garantiu ter sido cumprido o objectivo da sua candidatura, pois «subimos em termos de votos, o que é significativo, uma vez que nestas eleições houve mais gente a votar». Outro dado destacado foi o facto do PS ter perdido a maioria absoluta. «O Governo de Sócrates não foi bom para o distrito, encerrou e deslocalizou vários serviços, fechou empresas e há mais duas que se preparam para fazer despedimentos colectivos, nomeadamente a Delphi, que vai dispensar 500 pessoas», declarou, sublinhando que estas legislativas demonstram que «os outros partidos não crescem à custa da CDU, mas de outras forças políticas».
Nesse sentido, acredita que o resultado de domingo significa também que os eleitores «sinalizaram o trabalho que a CDU tem feito pelo distrito em defesa da saúde e da água pública ou da agricultura, por exemplo». José Pedro Branquinho responsabilizou ainda PS e PSD pela abstenção registada neste escrutínio, dizendo que o fenómeno está «ligado à forma como os dois principais partidos fazem política e intervêm sobre os temas». Outro factor, na sua opinião, será «haver gente que ainda não encontrou o partido em que se revê e refugia-se na abstenção, o que é mau para a democracia».