João Abreu, cabeça de lista da CDU às legislativas pela Guarda, considera que o distrito vive um cenário «de preocupação» a nível económico e social. Para inverter esta tendência, os comunistas propõem uma série de medidas que vão desde a Operação Integrada de Desenvolvimento, no sector têxtil, a defesa de uma zona especial de agricultora, a implementação de um Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico, da Carta Cultural e do Lazer do distrito até à melhoria da rede viária e ferroviária do distrito.
O candidato apresentou estas medidas na última segunda-feira, após um debate interno sobre a situação do distrito. O encerramento de várias empresas, como a Moura Cabral ou a Vodrages, «trazem preocupações antigas, mas que vêm dar razão aquilo que nós defendemos, uma Operação Integrada de Desenvolvimento para a corda da Serra que dê resposta cabal à regeneração do sector têxtil». A CDU sugere a implementação de uma «rede de empregos» com base nas indústrias tradicionais e na captação de novas industrias não poluentes. Outra preocupação «central» da coligação é o desemprego e a exigência que o distrito seja considerado, em termos agrícolas, uma zona especial dadas as suas especificidades. «Não podemos ser tratados com a aplicação mecânica da PAC quando temos uma região demarcada do Queijo da Serra, duas regiões demarcadas e uma região especial de vinhos, a melhor fruta de altitude e a melhor batata que se produz no país», sustenta. João Abreu reclama por isso medidas de protecção da agricultura tipo familiar e um crédito de campanha com taxa de juro de zero para as adegas cooperativas. Os comunistas propõem ainda o Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico para valorizar potencial da região, a Carta Cultural e do Lazer. «Há muito que a CDU se bate, em termos de PIDDAC, para que o Governo disponibilize verbas para a recolha do património oral e etnográfico do distrito de forma científica e consciente», recorda o candidato. João Abreu na esquece também a construção do IP2 (Pocinho/Celorico da Beira), do IC7 (Vendas de Galizes e Celorico) e a remodelação da linha ferroviária Guarda-Covilhã. «Isto até na perspectiva da PLIE. Uma plataforma logística que não tenha uma rede de acessos rápidos não terá grande viabilidade», garante.