O tratamento fitossanitário do castanheiro gigante de Guilhafonso (Guarda) permitiu a esta árvore centenária recuperar das doenças de que padecia.
Considerado o maior da Europa, o estado de saúde deste espécime invulgar degradou-se nos últimos anos, a tal ponto que esteve em risco de secar. No entanto, a população daquela aldeia, anexa da freguesia de Pêra do Moço, mobilizou-se a tempo e alertou as autoridades para o problema. Em consequência, a Câmara da Guarda encomendou um estudo à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro cujos especialistas estiveram em Guilhafonso em 2014 com vista à preservação do castanheiro mais emblemático da região através de tratamento fitossanitário específico. «Com a poda e o tratamento fitossanitário executados nos dois últimos anos, a árvore centenária ganhou muitos anos de vida, ganhou nova vivacidade, o que naturalmente se poderá traduzir numa maior longevidade. E é essa a nossa grande preocupação. É continuar a manter vivo este ex-libris», adiantou o vereador Sérgio Costa, responsável pelo Gabinete Técnico Florestal da autarquia guardense.
De resto, os serviços municipais continuam a acompanhar esta árvore gigante, situada próximo da estrada que liga as cidades da Guarda e Pinhel. O castanheiro está classificado como árvore de interesse público desde 1971. É propriedade da Câmara, que o adquiriu há mais de uma década, juntamente com o terreno, com o objetivo de assegurar a sua preservação. Tem 9,60 metros de perímetro de tronco, 19 metros de altura, um diâmetro médio da copa de 25,5 metros e uma idade estimada em mais de 400 anos. Os residentes garantem que são precisas nove pessoas para abraçar o seu tronco.