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Carlos Pinto renova maioria na Covilhã

Apesar de aumentar votação e ter mais um deputado municipal, o PS obteve menos de metade dos votos do vencedor

Carlos Pinto voltou a ganhar as autárquicas no concelho da Covilhã com maioria absoluta, alcançando mais do dobro da votação do candidato socialista, ou seja 17,931 votos (56,69 por cento) contra 8,486 (26,83). Ainda assim, o presidente reeleito teve menos votos que há quatro anos, enquanto Vítor Pereira subiu 525, com os socialistas a “roubarem” um deputado municipal ao PSD.

Fruto da revisão dos cadernos eleitorais, a autarquia passou a ter nove vereadores em vez dos sete actuais. Deste modo, a maioria social-democrata passa a ter seis vereadores e o PS três, enquanto que no mandato que termina havia cinco contra dois. Em 2005, O PSD registou 19,026 votos (58,94 por cento) e o PS 7,961 (24,66). A CDU continuou a ser a terceira força política com 7,47 por cento e 2.362 votos, ligeiramente menos que há quatro anos, quando obteve 7,89 e 2.547. Em oposição, o CDS-PP conseguiu uma subida significativa, sendo o quarto partido mais votado na Covilhã, passando de 1,62 por cento e 524 votos para 2,78 e 880. Já o Bloco de Esquerda, agora a quinta força política em termos autárquicos, conseguiu aumentar a votação, obtendo 2,53 por cento e 799 votos, contra 2,01 e 649 em 2005.

Para a Assembleia Municipal, o PSD voltou a ficar com maioria, mas também perdeu votos, passando a ter menos um deputado, passando de 17 para 16, fruto de 46,48 por cento e 14,701 votos, contra 47,75 e 15,412 em 2005. Por seu turno, o PS ganhou mais um representante, 10 para 11, subindo de 9,443 votos (29,26 por cento) para 9,895 (31,28). A CDU manteve os três eleitos, embora também aqui tenha descido a votação em comparação com 2005, com 3,292 votos (10,41 por cento) contra 3,464 (10,73. Quanto ao BE, registou um ligeiro aumento, passando de 1,164 votos (3,61 por cento) para 1,178 (3,72), continuando com um eleito. Já o CDS manteve a sua única representante, aumentando ligeiramente a votação, passando de 1,015 votos (3,14 por cento) para 1,083 (3,42 por cento). Quanto às Assembleias de Freguesia, o PSD elegeu 99 representantes (74 em 2005), vencendo a maior parte das 31 freguesias, o PS 68 (89), grupos de cidadãos 64 (62) e a CDU 20 (24).

Nas reacções, Carlos Pinto sublinhou que este novo triunfo foi «uma vitória pelo concelho, obtida sem dizermos mal de ninguém», assegurando que irá trabalhar na autarquia com «uma total abertura democrática»: «Chamaremos a participação de todas as forças políticas nas nossas decisões. Faremos a audição dos cidadãos naquilo que nos interessa a todos, mas que ninguém tenha dúvidas, temos um mandato claro que vamos exercer com determinação, porque a Covilhã quer respostas. Não quer conversa. Quer uma atitude para resolver os problemas», avisou. Apontando o emprego, cultura, saúde e habitação como áreas que vão estar «na linha da frente» da actuação do executivo, o presidente adiantou que vai convidar o primeiro-ministro, José Sócrates, para presidir à comemoração dos 140 anos da elevação da Covilhã a cidade.

Já o candidato socialista considerou os resultados «positivos», embora esperasse mais além. «Tínhamos essa fundada expectativa. Tal não foi possível, mas melhorámos substancialmente a nossa votação relativamente às ultimas eleições, obtivemos mais um vereador e um deputado municipal, o que é motivo de regozijo e um aspecto muito positivo», reforçou. Vítor Pereira assegurou ainda que vai ocupar mais uma vez o cargo de vereador da oposição «com todo o empenho» e «em prol do desenvolvimento do concelho».

Ricardo Cordeiro Carlos Pinto garante que vai trabalhar com «uma total abertura democrática»

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