Foi com um discurso cheio de «ideias e projectos» para levar avante no próximo mandato que Carlos Pinto inaugurou, no último sábado, a nova sede de candidatura das próximas autárquicas. Perante dezenas de militantes, o actual presidente da Câmara da Covilhã explicou os motivos da recandidatura e falou dos projectos que pretende avançar já no início do próximo ano, caso vença as eleições de 9 de Outubro. Entre as prioridades do actual autarca, está a construção da segunda barragem nas Penhas da Saúde, uma promessa que já se arrasta desde o seu primeiro mandato. Mas parece que desta é de vez, com o autarca a apontar o início das obras para Abril ou Maio do próximo ano. «Foi-me comunicado que iriam enviar em breve a declaração do domínio hídrico, que é aquilo que estamos à espera para poder avançar com o estudo de impacte ambiental», explicou, esperando ter o estudo concluído já no início do próximo ano.
Também o Largo de S. João de Malta, onde se insere a sua sede de candidatura, será requalificado dentro de «dois ou três anos», anunciou Carlos Pinto, adiantando que a Câmara tem já o projecto «praticamente concluído». Segundo as suas palavras, o projecto irá «duplicar» o espaço existente, prevendo-se uma zona ajardinada com um «miradouro sobre a Cova da Beira», zonas pedonais, um parque de estacionamento com capacidade para 200 viaturas, um bar e restaurante. Uma intervenção que irá complementar o investimento comercial e de escritórios já anunciado pelo empresário António Lopes no mítico edifício da Garagem de S. João.
A ponte pedonal sobre a ribeira da Carpinteira, obra emblemática do PolisCovilhã que não chegou a avançar por falta de verbas, poderá ser lançada «já no próximo ano». A garantia foi dada por Carlos Pinto, anunciando que se está a «estudar uma nova fórmula de financiamento», escusando-se, no entanto, a revelar mais pormenores.
A requalificação do Parque Alexandre Aibéo (junto ao estádio Santos Pinto) e da estrada que liga a rua do Peso da Lã aos Penedos Altos são outras obras que o autarca pretende avançar, a par da construção do museu generalista na zona do Castelo e de várias variantes à cidade e às freguesias, entre as quais a Periférica e a ligação Covilhã-Unhais da Serra. «Esperemos que o Governo as lance», salientou, lembrando que os projectos já se encontram prontos.
Para breve, está a criação do cartão-jovem municipal, da recuperação de cerca de dois mil fogos degradados e requalificações na zona da judiaria. Aqui, as intervenções deverão arrancar «já no início do próximo ano», sendo que se está já a constituir a equipa para levar a cabo um trabalho semelhante ao que foi desenvolvido na zona intra-muralhas.
Mas para os próximos meses, Carlos Pinto aponta a abertura da unidade de diálise na Covilhã, a criação de 800 empregos até ao final do ano, o lançamento da terceira fase do Parque Industrial do Tortosendo. Neste âmbito, não poupou elogios à iniciativa da Câmara em ter lançado o Parkurbis- Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã. «Uma Covilhã com futuro para todos está ao nosso alcance», frisou Carlos Pinto a terminar o seu discurso, lembrando apenas que é necessário «vozes fortes» para que o concelho e a região não parem. Daí que não o encontrarão «a responder aos candidatos» durante a campanha eleitoral, mas a discutir as ideias. «É disso que a Covilhã precisa e que iremos continuar a fazer», promete.
Liliana Correia
