O ex-presidente da Câmara da Covilhã enviou um convite aos militantes do PSD para participarem, no dia 26, num encontro de reflexão sobre «a situação política» que se vive no concelho.
Carlos Pinto aponta o dedo a Vítor Pereira, referindo que «o presidente da Câmara perdeu o controlo da situação, vindo a público reconhecer que o vice-presidente tinha um projeto pessoal e, mais grave ainda, que andava a constituir gabinetes paralelos à revelia das normas em vigor». Na mesma carta, o histórico social-democrata fala na «degradação da vida municipal, com episódios na Câmara e Assembleia Municipal que projetaram a Covilhã como notícia pelas piores razões». E acrescenta que neste mandato da governação socialista «a Covilhã está a perder oportunidades cruciais de investimento».
Em novembro, Carlos Pinto tinha enviado uma missiva com um «alerta» para «a aventura em que a Covilhã estava metida, com uma Câmara socialista sem rumo, com eleitos motivados apenas pela busca de vingança por terem sido remetidos vinte anos para a oposição», mas a «realidade ultrapassou os piores presságios», considera agora. O PSD local também escapa às críticas do antigo presidente do município, para quem o partido está «completamente comprometido com esta gestão, que sustenta politicamente», e «menorizado politicamente no concelho porque deixou que a sua voz fosse subalternizada em relação ao PS».
Já a pensar nas autárquicas de 2017, Carlos Pinto considera que é o momento «para uma reflexão aprofundada, aberta, sem complexos de romper com o que está mal e lançar as bases para ainda tentar salvar a imagem do PSD».
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