Inconformado com a decisão do presidente da Câmara da Covilhã de não convocar uma reunião extraordinária do executivo para abordar o dossier em que Vítor Pereira e Manuel Santos Silva são acusados pelo Ministério Público dos crimes de prevaricação e participação económica em negócio, o vereador eleito pelo movimento “De Novo Covilhã” pondera levar o caso aos tribunais.
No final do mês de outubro, Carlos Pinto enviou um requerimento ao autarca em que solicitava «a apresentação de um pedido de indemnização cível em nome do município contra ele próprio e o ex-presidente da Assembleia Municipal, a constituição do município como assistente neste processo e a convocação de uma reunião extraordinária para este efeito». O atual vereador e ex-presidente da Câmara disse que com o requerimento pretendia «a defesa dos interesses do município e também a salvaguarda da equidade e postura de isenção do presidente», pelo que solicitava o agendamento de uma reunião extraordinária, na qual não participaria, para que «livremente os restantes eleitos tomassem as medidas que considerassem mais conformes com a delicadeza da situação».
Uma vez que a mesma ainda não foi convocada, nem o município se constituiu assistente no processo e também não obteve resposta quanto ao pedido de indeminização, Carlos Pinto considera que «tudo isto releva de uma jactância e abuso de poder intoleráveis para a transparência da vida pública e que serão denunciados onde for preciso, designadamente nos tribunais».