Nem a quadra natalícia parece harmonizar os dias pela Câmara da Covilhã, foi pelo menos essa a mensagem que passou na última reunião de Câmara.
Vítor Pereira explicou aos presentes que Nélson Silva passava a exercer funções a meio tempo com o pelouro do Planeamento Estratégico, e Carlos Martins, por motivos pessoais, passava a estar «menos presente». Ora, o socialista não gostou e o “verniz estalou” com Carlos Martins a responder prontamente ao presidente que não tinha «problemas pessoais que o fizessem descurar das suas obrigação» e que os seus pelouros (Ambiente, Saúde, Cemitérios e Mercados) estariam «sempre assegurados», com a sua «total disponibilidade». O ex-vice-presidente da Câmara aproveitou ainda para deixar o aviso: «Quando for oportuno votar contra propostas apresentadas pelo senhor presidente da Câmara eu vou fazê-lo sem problema algum», anunciou.
As manifestações claras de descontentamento por parte de Carlos Martins não se ficaram por aqui e, após a apresentação de um relatório referente à ocupação de solo no parque industrial do Tortosendo, que revela especulação imobiliária, quando Vítor Pereira lhe pediu soluções concretas para resolver a situação, o vereador recusou-se a fazê-lo alegando não ter sob a sua responsabilidade a pasta do Património. O socialista deixou ainda farpas para ao “staff” de Vítor Pereira: «Deixo o assunto à consideração superior do senhor presidente com toda a sua equipa, o seu chefe de gabinete, o seu adjunto, o engenheiro Rui Moreira, o vereador Nélson Silva enquanto responsável do planeamento estratégico. Agora sim, a Câmara deve tomar uma decisão em relação a cada um dos lotes», noticiou a Rádio Cova da Beira.