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Carlos Martins pode vir a ser investigado na “Operação Marquês”

Covilhã

O vice-presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Martins, amigo pessoal e antigo assessor de José Sócrates, poderá vir a ser investigado no âmbito da “Operação Marquês”.

De acordo com uma reportagem publicada pela “Visão” na última semana, as relações que o autarca covilhanense manteve com o antigo primeiro-ministro e Carlos Santos Silva, em especial ao longo da última década, poderão vir a ter relevância para as investigações da “Operação Marquês”. Recorde-se que o antigo governante e o empresário beirão foram detidos preventivamente por suspeitas de fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais. Segundo aquela revista, o papel de Carlos Martins junto de Sócrates, a sua ida para São Bento, entre 2005 e 2011 a convite do amigo, e o seu património acumulado, suscitam dúvidas aos investigadores. Também a adjudicação de um contrato de mais de 58 mil euros para a elaboração de um plano de pormenor, em agosto deste ano, à Proengel, empresa de Carlos Santos Silva, por parte do atual executivo covilhanense é um dado a ter em conta, de acordo com a “Visão”.

Em causa estarão ainda algumas decisões camarárias que envolvem verbas avultadas que alegadamente beneficiam a Constrope, antiga empresa de Carlos Santos Silva, e também Manuel Santos Silva, atual presidente da Assembleia Municipal e primo do empresário, num caso em que a autarquia aceitou um terreno no Canhoso como “moeda de troca” como pagamento de uma dívida ao município.

O património de Martins, segundo a “Visão”

• De acordo com a revista, Carlos Martins depositou duas declarações de rendimentos (relativas a 2012) no TC: na primeira, tinha-se esquecido de declarar um prédio.

• Rendimentos de trabalho dependente: 39.732,83 euros

• Rendimentos prediais: 3.600, euros

• Património imobiliário: quatro prédios na Covilhã/Conceição; dois prédios na Vila do Carvalho; e outro nas Cortes do Meio

• Automóveis: Renault Laguna, Mercedes 250 e Citroen C1

• Títulos, ações, aplicações e contas bancárias a prazo: ações do BCP no valor de 1.529,01 euros; PPR Fundos Millennium Poupança no total de 3.406,07 euros; 135 mil euros aplicados no BCP, dos quais 125 mil no produto Renda Certa Especial 2009/5 anos (1ª série) e 10 mil no produto Renda Crescente 2007/8 a prazo, um deles no valor de 28.732,32 euros (Montepio Capital Certo) e outro no montante de 52.307,94 euros (Conta Poupança por Impulso/BES)

• Débitos que oneram o património: em empréstimo, no valor de 16.497,97 euros, contraído no BCP, até 2019.

Comentários dos nossos leitores
Rui rotundadorato@gmail.com
Comentário:
Se a justiça funcionar minimamente este homem tem que ir fazer companhia a Sócrates e depressa.
 

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