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Carlos do Carmo no TMG

Fadista sobe ao palco amanhã, no espectáculo comemorativo do terceiro aniversário do Teatro Municipal da Guarda

O Teatro Municipal da Guarda (TMG) assinala, amanhã, o seu terceiro aniversário com um concerto de Carlos do Carmo no grande auditório, a partir das 21h30. A acompanhar o incontornável nome do fado estarão Ricardo Rocha (guitarra portuguesa), José Maria Nóbrega e Carlos Manuel Proença (viola) e Fernando Araújo (baixo).

Falar de Carlos do Carlos é associar o seu nome ao que de mais genuíno e popular se canta nas ruas de Lisboa, quer seja um simples pregão de varina, um esvoaçar de gaivotas do Tejo ou uma festa popular com sardinha assada. Na sua voz, andam também de mãos dadas a saudade, os amores desfeitos, a solidão, a Primavera com andorinhas, os “putos” deste Portugal, a esperança e o futuro. O fadista é acarinhado por um público que o respeita e estima, apreciando nele, além das suas qualidades de grande intérprete e comunicador, as de um homem interessado na evolução da música da sua terra, acreditando na evolução do homem na sua globalidade. Os seus mais de um milhão de discos vendidos são prova inequívoca disso mesmo. Carlos do Carmo é um dos artistas portugueses de maior prestígio internacional, tendo já levado o Fado aos quatro cantos do mundo. Recentemente, participou no filme “Fados”, do realizador espanhol Carlos Saura, do qual foi também consultor. Por essa participação recebeu um prestigiado galardão do cinema espanhol, o Prémio Goya de melhor canção original para o tema “Fado da Saudade”.

Carlos Alberto do Carmo Almeida é filho da conhecida fadista Lucília do Carmo e de Alfredo de Almeida, livreiro e hoteleiro. Estudou Hotelaria na Suíça e iniciou a sua carreira artística em 1964, embora tenha gravado um disco aos nove anos. Representou Portugal no XXI Festival Eurovisão da Canção, em 1976, com o tema “Flor de Verde Pinho”, baseado no poema de Manuel Alegre. De entre muitas outros fados emblemáticos, Carlos do Carmo interpretou “Os Putos”, “Um Homem na Cidade”, “Canoas do Tejo”, “Lisboa Menina e Moça”, “Duas Lágrimas de Orvalho” e “Bairro Alto”. Representou Portugal em inúmeras digressões por vários países, passando pelo Olympia de Paris, pelas Óperas de Frankfurt e de Wiesbaden, no Canecão do Rio de Janeiro, no Savoy de Helsínquia e por outras cidades, como São Petersburgo, Copenhaga, São Paulo, entre outras.

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