Investimento e emprego, ação social, cultura e património e ambiente, são estes os quatro vetores fundamentais da candidatura “Guarda em Primeiro” à autarquia, liderada por Carlos Adaixo. O programa eleitoral do movimento independente apoiado pelo CDS-PP, MPT e PPM foi apresentado na segunda-feira e pauta-se por ser «realista e funcional».
Segundo Carlos Adaixo, de fora ficaram «obras megalómanas, não propomos um programa de “show off”, não criamos realidades virtuais». A candidatura “Guarda em Primeiro” acredita que é possível desenvolver um projeto que «assente na possibilidade de não gastar mais dinheiro para ter uma cidade melhor» e com o «mesmo orçamento» deste ano, bastando apenas «deslocalizar verbas mal aplicadas». Contrariando os últimos quatro anos, que ficaram marcados por «investimento que não teve retorno», a candidatura independente aposta em investimentos exequíveis e «com retorno do ponto de vista económico e social», destacou o cabeça-de-lista.
Sendo o emprego «uma prioridade fundamental», José Carlos Alexandre, coordenador do programa, considerou que é preciso «deixar fazer, criar negócio rápido e derrubar burocracias». E acrescentou que chegou a hora de «virar a página da relação dos empresários com a autarquia» e é «necessário ir à procura de investidores». José Carlos Alexandre defendeu ainda a redução de impostos municipais e destacou a criação de uma Agência para o Investimento e Emprego, a InvestGuarda. Nesta área, a candidatura propõe também a criação da APP Guarda, «uma aplicação que daria acesso a toda a informação camarária» (contas de água, deliberações, contratos públicos e ajustes diretos) e de um portal dedicado à promoção turística do concelho.
O reforço da mobilidade, com o reforço dos transportes públicos e a ligação da Sequeira à rotunda do MacDonald’s, são outros projetos da “Guarda em Primeiro”, que também se compromete a apoiar os idosos. No que toca à Cultura e Património, Carlos Adaixo lembrou que a «Guarda é uma referência em termos regionais» e propõe a criação de uma «fábrica de cultura» para apoio a criadores locais. Na sua opinião, a aposta nesta área é «fundamental» para reter e convidar pessoas para cidade, tendo lamentado que a zona histórica da cidade seja «deprimente» porque «pouco ou nenhum investimento teve em décadas».
Na área do ambiente, apresentada por Pedro Narciso, destaque para a recuperação da Quinta da Maúnça e dos rios Diz e Noéme. O também candidato à Junta da Guarda afirmou que «a política ambiental tem que endurecer» e não passa apenas por regar a relva dos jardins «com recursos limitados, como a água que vem da barragem do Caldeirão».
Ana Eugénia Inácio