A Feira de São Bartolomeu estreia este ano um espaço requalificado na envolvente ao Pavilhão Multiusos de Trancoso. A obra, concluída recentemente, custou cerca de dois milhões de euros à empresa público-privada PACETEG, de capitais maioritariamente privados, constituída pelo grupo MRG (Manuel Rodrigues Gouveia) e pela Trancoso Eventos – Entidade Empresarial Municipal.
«Esta intervenção é uma autentica “revolução”, pois o Campo da Feira vai ter uma alameda, serão plantadas árvores e instalado mobiliário urbano moderno e em consonância com a nobreza do local», afirma Júlio Sarmento. Para o presidente da Câmara, a cidade fica dotada de uma entrada «com dignidade e grandeza, num projecto ambicionado pelos trancosenses, mas também pelo público que, às sextas-feiras, aflui semanalmente à feira semanal e pelos feirantes». O autarca salienta também a criação de uma nova área de estacionamento que vai implicar o reordenamento do trânsito no centro histórico, “permitindo usufruir dessa zona de forma mais próxima». O projecto de requalificação vai tornar o Campo da Feira numa «área multiuosos, airosa e agradável associada ao parque municipal, centro histórico, à nova zona de equipamentos (Pavilhão Multiusos, Cinema Jacinto Ramos e Centro Cultural) e ao mercado municipal, que vai também ser requalificado e modernizado».
Por sua vez, o presidente da direcção da Associação Empresarial do Nordeste da Beira (AENEBEIRA) considera que a empreitada permitirá «dar melhores condições, quer aos expositores e agentes económicos que estão na Feira de São Bartolomeu, quer a quem a visita. O facto de todo o Campo da Feira estar pavimentado melhora claramente as condições de utilização». Além disso, seguindo o sentido Portas d’El Rei/parque municipal, o campo vai ter uma grande avenida que estruturará todo o sistema da feira. Outra novidade é que entrará em funcionamento um sistema de refrescamento com nebulizadores, «que vão criar uma espécie de pequeno nevoeiro para refrescar o espaço», acrescenta António Oliveira. Além da comodidade, o responsável sublinha que a intervenção também requalifica um espaço que era, actualmente, «uma nódoa negra» junto ao centro da cidade e à zona histórica. «A sua requalificação impunha-se e com o tempo vai ter outra utilização, vai ser uma zona de lazer, de estacionamento e que nos vai permitir futuramente ordenar também o trânsito e o estacionamento dentro do centro histórico», afirma.