Joaquim Valente diz-se solidário com os trabalhadores da Delphi, mas mostra-se esperançado que, «com a retoma do sector automóvel, a empresa possa readmitir alguns destes funcionários que têm contribuído para que seja uma unidade de excelência».
O autarca da Guarda convocou uma conferência de imprensa, na passada quinta-feira, para falar dos despedimentos na fábrica de cablagens da Guarda-Gare, situação que classificou de «grande rombo» na economia da cidade e da região. «A crise que se vive no sector ajudou a precipitar esta situação. Segundo me foi dito, neste momento o problema é que não existem encomendas», declarou aos jornalistas, garantindo que a Câmara tem atraído empresas para a plataforma logística e serviços para a cidade. «Há 15 a 20 empresas com projectos de instalação na PLIE que no próximo ano vão criar postos de trabalho. Além disso, protocolámos recentemente com a Adecco, empresa de gestão de recursos humanos, a instalação de um Centro de Suporte a Clientes até ao final do ano, que vai criar 300 empregos», recordou.
Joaquim Valente adiantou ainda que o município vai acelerar os processos de instalação de novas empresas na Guarda, mas seguindo uma «estratégia alternativa às multinacionais». O presidente da Câmara também não tem dúvidas que os trabalhaodres despedidos vão ter direito «a tudo o que lhes é devido em termos indemnizatórios» e acrescentou que o investimento e os incentivos atribuídos pelo Ministério da Economia em 2007 foram feitos na «localização de empresas, na qualificação e na formação profissional das pessoas». Por sua vez, Maria do Carmo Borges, Governadora Civil, declarou ter «esperança que apareçam alternativas» para os 500 dispensados da Delphi, desejando também que a empresa consiga mais projectos nos próximos meses e readmita alguns destes trabalhadores. «O que não é inédito nesta fábrica», recordou.
