Arquivo

Câmara processa Estado por causa das estradas

Joaquim Valente revelou na última Assembleia Municipal (AM) que a autarquia vai processar o Estado por causa do aumento do tráfego nas estradas municipais, nomeadamente no troço do antigo IP5 entre Porto da Carne e Alvendre.

«O Estado enganou a Câmara da Guarda quando desafetou para o domínio municipal vias onde agora, com as portagens, 90 por cento do trânsito não é local, sendo sobretudo camiões. Mas, na altura, essa desafetação da rede viária nacional foi acordada no pressuposto de que havia outras alternativas às autoestradas», declarou o edil. Segundo o presidente, este aumento da circulação está a degradar as estradas municipais cuja manutenção é da responsabilidade da Câmara. «Trata-se de uma situação injusta e que está causar prejuízos gravíssimos ao município da Guarda», acrescentou. Joaquim Valente garantiu também que vão ser colocadas bandas cromáticas na curva da EM 530 [que liga a Sequeira a Monte Margarida], onde morreram recentemente duas pessoas, e lombas redutoras de velocidade. O assunto tinha sido abordado por José Manuel Rabaça, presidente da Junta de Casal de Cinza, que chamou a atenção para a perigosidade do local. «Esta manhã [segunda-feira] houve mais um acidente grave», disse.

Na segunda-feira, a AM aprovou, por maioria, mais uma moção da CDU contra as portagens e outra do Bloco de Esquerda contra o novo regime jurídico das autarquias locais e o estatuto das entidades intermunicipais. Neste caso, a novidade é que o CDS votou a favor. Já a moção do PSD contra o fecho da delegação da Guarda da RTP foi aprovada por unanimidade. Por sua vez, Baltazar Lopes recomendou que a sede da nova Junta de Freguesia da Guarda fique nos antigos Paços do Concelho, na Praça Velha, mas a decisão será da responsabilidade da Assembleia de Freguesia que for eleita em outubro de 2013. Cáustico, o presidente da Junta de Aldeia Viçosa também interpelou João Prata por ter votado favoravelmente a lei da reorganização administrativa das freguesias na Assembleia da República: «Votou contra a sua freguesia», constatou. João Prata não respondeu.

Sobre o autor

Leave a Reply