Várias ruas da cidade da Guarda que levaram um novo pavimento há poucos meses, por altura das eleições autárquicas, vão ter que sofrer uma nova intervenção, em virtude de apresentarem algumas anomalias no piso. O presidente da Câmara desvaloriza a questão e mostra-se confiante de que a empresa responsável pela empreitada vai corrigir os problemas detectados.
Algumas das artérias afectadas são a Rua do Pina e a Travessa da Rua do Pina, na freguesia de S. Miguel, Rua Miguel de Unamuno e outras localizadas no Bairro de Nossa Senhora dos Remédios. Joaquim Valente salienta que se trata de uma empreitada em que houve «uma anomalia e um erro de aplicação no tapete betuminoso», mostrando-se convicto de que «seguramente» a empresa à qual foi adjudicada a empreitada «se responsabilizará pelos danos causados». Questionado se a autarquia vai pagar estes trabalhos, o autarca esclarece que «isto não é uma questão de pagar ou deixar de pagar»: «Nós, através de concurso, contratualizámos a prestação de serviços para a colocação de um tapete betuminoso em vários arruamentos que precisavam de intervenção e houve deficiência na aplicação desse material», reforça. Neste sentido, «a legislação prevê que quando qualquer intervenção, aplicação de materiais ou fornecimento não estiver adequado com as normas técnicas é possível de substituição», frisa. O edil guardense realça que se tratam de «questões técnicas» e que tem a «certeza absoluta» de que «os técnicos da Câmara e os responsáveis técnicos estarão a acompanhar este processo como têm acompanhado tantos outros», uma vez que «não é a primeira vez que certos materiais são aplicados com algumas deficiências em obras», havendo necessidade de serem «substituídos e alterados».
Sobre o facto dos trabalhos de pavimentação terem sido efectuados próximo das eleições autárquicas, Valente desvaloriza esse facto e garante que «isso não tem nada a ver»: «A qualidade exigível na prestação de serviços é a mesma tanto em tempo de eleições autárquicas como no Inverno ou no Verão. Quando se contratualiza, contratualiza-se por forma a que a prestação de serviços respeite as normas e as regras técnicas da boa execução», enaltece. Em relação à eventual data em que os trabalhos possam ser novamente efectuados, o presidente da Câmara da Guarda avança que «logo que haja condições climatéricas para que se possam fazer esses trabalhos que têm uma natureza específica», na medida em que os materiais «não podem ser aplicados com chuva ou com temperaturas baixas», adverte. Assim, «logo que haja condições que permitam a eficácia da aplicação serão feitas essas correcções», assegura Joaquim Valente.
Ricardo Cordeiro 
