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Câmara do Fundão reabilita antiga ERES

Pavilhão vai acolher a CIMD, fábrica de metalomecânica de precisão e relojoaria de luxo que empregará cerca de 250 trabalhadores dentro de um ano

O município vai reabilitar a antiga fábrica têxtil ERES para acolher a CIMD (Companhia Industrial de Materiais Duros), uma unidade do ramo da metalomecânica de precisão e relojoaria de luxo que empregará cerca de 250 trabalhadores no espaço de um ano.

A intervenção vai ocorrer no âmbito da área da reabilitação urbana (ARU) do Fundão e está integrada no programa JESSICA, que se destina a reabilitar edifícios devolutos nos centros das cidades com o objetivo de fomentar a atividade económica e a criação de postos de trabalho. Segundo o município, este projeto com cerca de 10 mil metros quadrados de área coberta foi considerado um dos melhores exemplos da reabilitação urbana do país orientada para a competitividade das cidades, prevendo-se que esteja concluído em meados de 2015. Em contrapartida, a CIMD compromete-se a adquirir o imóvel, a instalar a sua unidade de produção e a criar o Centro de Formação da Cova da Beira para a área dos polimentos, da relojoaria de alta precisão e dos rolamentos. Atualmente, a área dos polimentos, da relojoaria de alta precisão e dos rolamentos emprega cerca de 700 pessoas no concelho e prevê-se que possa chegar aos mil nos próximos três anos, refere Paulo Fernandes, autarca fundanense. A CIMD, de capitais franceses, está instalada há 20 anos no Fundão.

Esta reabilitação está carregada de simbolismo, já que o edifício em causa acolheu a antiga fábrica de confeções ERES, que chegou a dar trabalho a mais de 500 trabalhadores e fechou em 2002, lançando no desemprego 470 funcionárias. Foi o primeiro grande despedimento coletivo no sector têxtil da região.

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