Uma dívida de cerca de 100 mil euros à Águas do Zêzere e Côa (AdZC), relativa a 2010, valeu à Câmara de Gouveia a penhora de uma escola, do pavilhão gimnodesportivo e de vários terrenos.
A sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco foi divulgada na semana passada em vários editais afixados na “cidade-jardim” com vista à cobrança do valor devido. Confrontado com a situação, Álvaro Amaro confirmou a existência da dívida, mas contestou o método usado porque a dita execução foi objeto de acordo de pagamento entregue no tribunal, tendo já sido proferido despacho suspensivo e de cancelamento da penhora. «Perante o acordo alcançado entre o município e as Águas do Zêzere e Côa a autarquia manifesta a sua estranheza e não deixa de registar a sua indignação», disse, anunciando que vai pedir responsabilidades «a quem de direito» na empresa multimunicipal de abastecimento de água e saneamento.
Contudo, o caso serviu para a autarquia voltar a denunciar as «tarifas mais caras do país» praticadas pela AdZC, mas também a «insustentabilidade do sistema» que levou os municípios integrantes a requerer judicialmente a nulidade dos contratos de concessão, «a qual vindo a ser decretada pelo tribunal, gerará a nulidade de todos os atos praticados».