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Câmara de Celorico da Beira abandona lista “negra”

Num ano, município deixa de constar nos cinco primeiros lugares no que ao excesso de endividamento diz respeito e sai mesmo do “top 22”

O executivo liderado por José Monteiro continua a meritória recuperação financeira da Câmara de Celorico da Beira. A autarquia conseguiu, finalmente, abandonar a indesejada lista dos 22 municípios portugueses mais endividados. Já em Maio, a edilidade celoricense tinha logrado alcançar um saldo positivo de 37 mil euros em 2006 quanto tinha herdado um resultado líquido negativo superior a 1,2 milhões de euros em 2005.

A saída da lista das 22 Câmaras mais endividadas constitui, assim, para a autarquia de Celorico «uma grande alegria», sendo o «corolário de dois anos de trabalho árduo em prol do bem comum», em que «todo o executivo camarário faz um autêntico “sacerdócio” diário no que à dedicação e afinco diz respeito, para que a recuperação financeira desta autarquia seja, hoje, uma boa realidade». Em nota enviada à comunicação social, a edilidade frisa que para alcançar estes bons resultados fica a dever-se a que «toda a gestão é pensada com a finalidade de minimizar ao máximo os custos e encargos contraídos». «Cada cêntimo é gasto com total rigor, obedecendo aos mais ínfimos critérios das práticas de boa gestão», frisa. Neste sentido, «não obstante a difícil situação financeira encontrada pelo actual executivo camarário aquando da tomada de posse, tudo se tem feito para que os compromissos anteriores, bem como os actuais estabelecidos possam vir a ser cumpridos no menor tempo possível», reforça a nota. Numa lista divulgada pela Direcção Geral das Autarquias Locais em 2006, o município de Celorico da Beira surgia nos cinco primeiros lugares, no que ao excesso de endividamento diz respeito. Assim, «o trabalho diário aliado às boas práticas de gestão começam a dar os seus frutos», como se pode comprovar com a recente lista oficial divulgada em Novembro pela DGAL, dando conta do “ranking” dos municípios mais endividados, onde Celorico da Beira já não consta.

No entanto, o município espera «prosperar ainda mais num futuro próximo». De resto, apesar da difícil actual conjuntura global do país, o município celoricense «não cruzou os braços», sendo de enaltecer as «inúmeras obras que se encontram em fase de execução, no presente momento, por todas as freguesias do concelho». Segundo a mesma nota, Celorico da Beira é o município «em toda a região Centro com mais projectos aprovados e maior número de obras em curso». Uma constatação que demonstra que «mesmo “remando contra ventos e marés” é possível fazer um bom trabalho de gestão autárquica, onde o desempenho de cada funcionário terá que obrigatoriamente estar aliado à eficácia da gestão diária, no que à recuperação financeira diz respeito».

Recorde-se que o relatório e contas de 2006 já dava sinais de uma recuperação financeira sem precedentes. Isto porque num ano, o município conseguiu poupar um milhão de euros nos custos com pessoal e nos consumíveis, apresentando resultados operacionais positivos de 330 mil euros, quando foram negativos em 860 mil euros em 2005. No ano passado o resultado líquido do exercício também passou a positivo (37.250 euros), um verdadeiro “milagre” se atentarmos ao facto de ter sido negativo em mais de 1,2 milhões de euros no ano anterior. Pelo meio, o passivo manteve-se inalterado nos 19 milhões de euros, uma façanha de que poucos se podem orgulhar.

Ricardo Cordeiro

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