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Câmara da Guarda impede ocupação de apartamentos

Desde a tarde de segunda-feira que a PSP da Guarda deixou de estar de plantão durante 24 horas por dia à porta do bloco habitacional, onde uma família cigana tentou forçar a entrada

Desde a tarde da última segunda-feira que a PSP da Guarda deixou de estar de plantão durante 24 horas por dia à porta do bloco habitacional construído pela extinta sociedade Polis na zona do rio Diz, onde uma família cigana terá tentado forçar a entrada em seis apartamentos.

A situação arrastava-se desde quarta-feira, dia 22 de outubro, e a Câmara da Guarda tinha solicitado uma requisição para a polícia estar permanentemente no local para evitar que voltem a ocorrer desacatos. Essa requisição terminou pelas 14h30 de segunda-feira e o município entendeu que não havia necessidade de a renovar por «já estarem reunidas condições de segurança», embora tenha solicitado à PSP que continuasse a ter em atenção a «vigilância» daquela zona, mas já com «maior flexibilidade» e «não permanentemente», explicou a O INTERIOR o vice-presidente da Câmara da Guarda. A semana passada, Carlos Chaves Monteiro adiantou que a verba que o serviço prestado pela PSP custará aos cofres da autarquia ainda está por apurar «Não perguntámos o preço, mas a nossa primeira preocupação foi assegurar a proteção dos bens e a manutenção da ordem», salientou o autarca. O vice-presidente do município frisou a O INTERIOR que «a “Lei dos ciganos”, como um desses cidadãos me disse» não se pode sobrepor à «lei do Estado português», indicando que há seis apartamentos «danificados com as portas arrombadas». «A cidadania é ter direitos e deveres. As pessoas não podem provocar estragos e entrar em casas que não lhes pertencem», reforçou Carlos Chaves Monteiro.

Na quarta-feira da semana passada, na reunião do executivo da autarquia, o presidente explicou que a Câmara apresentou queixa-crime contra os autores dos arrombamentos e que há algum tempo que o município está a tentar fazer o registo do bloco habitacional em causa. Álvaro Amaro anunciou que a Câmara tem um regulamento de acesso à habitação social e vai ser «intransigente com qualquer cidadão» no que toca ao seu cumprimento, sendo que as casas vão ser atribuídas «em função da disponibilidade e dos critérios». O edil anunciou ainda que há cerca de 60 famílias em lista de espera e que no início do ano deverão estar disponíveis apenas quatro habitações.

Presidente do município anunciou que há cerca de 60 famílias em lista de espera

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