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Câmara da Guarda cria Política Municipal de Desporto

Documento aprovado por unanimidade na última reunião do executivo visa «a massificação do desporto» no município

O executivo da Câmara da Guarda aprovou por unanimidade a Política Municipal de Desporto e Lazer. O grande objectivo deste plano é «definir directrizes de actuação» a nível do desporto e do lazer, de forma a garantir a «massificação» da prática desportiva a todos os munícipes nas suas diferentes vertentes. Os jovens, os deficientes e a terceira idade são o alvo prioritário do documento que gerou uma rara unanimidade entre a maioria socialista e a vereação social-democrata.

Amândio Baía, vereador do Desporto, e grande mentor do documento, diz que esta política visa a «massificação do desporto» no município. «Acima de tudo, é um documento abrangente onde dizemos o que pretendemos fazer e materializar na área de desporto e de lazer», indica. «Sistematizar e adoptar uma metodologia de trabalho» foram outras razões que levaram à elaboração do documento, o primeiro desde que Baía entrou em funções. As camadas mais jovens da população, a terceira idade, os deficientes e as camadas «mais carentes» são os «principais alvos» deste plano, sendo que neste último caso se pretende fazer a sua integração «através do desporto, melhorando a sua qualidade de vida», explica. Neste sentido, «é um projecto integrado e abrangente que começa desde os mais pequenos até aos menos jovens», refere, acrescentando que a Política Municipal de Desporto não é um documento fechado, mas que está aberto a novas ideias: «É um documento inacabado e disponível a participações. Espero que neste mandato consigamos grande parte das orientações referidas e se consigam pôr em prática. Quando falamos em políticas são sempre planos a médio e longo prazo que serão materializados», realça.

Da mesma forma, o desenvolvimento do desporto no concelho a «nível competitivo e profissional» é outra meta preconizada, contudo, a «grande aposta» da edilidade guardense passa mesmo pelas camadas jovens, até porque «é fundamental» encarar a política de desporto «como se fosse um trabalho de base para toda a vida», reforça. A autarquia pretende apenas funcionar como um ponto de partida para este trabalho: «Queremos ajudar a fazer o lançamento, colaborar, mas, sempre que haja hipótese, queremos que sejam as associações e os clubes, de forma autónoma, a desenvolverem as suas actividades», espera. Actualmente, já existem no município muitas colectividades, «embora sempre» com o apoio camarário, a fazer «um trabalho muito rico e muito importante sobretudo a nível dos jovens», sublinha. Neste sentido, «promover, participar e apoiar» são palavras de ordem neste plano municipal de desporto.

Para além do aspecto financeiro, a autarquia colabora ainda a nível «logístico», sendo que as instalações do Estádio Municipal já acolhem um «grande número de escolinhas de futebol», num trabalho de base que poderá vir a dar frutos no futuro. «Estamos a semear e esperamos que amanhã tenhamos resultados», refere Amândio Baía, explicando que os clubes e as associações «não pagam quaisquer tipo de taxas pela utilização das instalações desportivas da câmara». Desta forma, também o pavilhão de S. Miguel está com uma taxa de utilização de «100 por cento» a nível das colectividades. Baía assegura ainda que a autarquia «vai apoiar» a melhoria e a construção de espaços físicos para a prática desportiva nas freguesias, até porque «sem condições não se pode praticar um desporto de qualidade». O vereador social-democrata Crespo de Carvalho considerou que a autarquia tem «finalmente uma ideia clara e planificada do desporto» com este documento.

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