A Câmara da Guarda vai apoiar a aquisição de livros e material escolar de 474 alunos carenciados que frequentam as escolas do primeiro ciclo do ensino básico do concelho. A medida foi anunciada na segunda-feira pelo vereador da Educação, Virgílio Bento, e consiste na atribuição de vales de 40 e 50 euros às respetivas famílias para serem trocados em oito livrarias da cidade.
Esta ajuda promovida no âmbito da Ação Social Escolar é calculada segundo o escalão de apoio em que cada agregado se integra de acordo com o seu posicionamento nos níveis de rendimento para atribuição de abono de família. Os beneficiários terão direito a uma comparticipação de 50 euros no primeiro escalão e de 40 no segundo, estimando a autarquia despender um total de 24.800 euros. Os vales começam hoje a ser distribuídos aos encarregados de educação do Agrupamento de Escolas da Área Urbana, prosseguindo amanhã com o Agrupamento Carolina Beatriz Ângelo. Na segunda-feira será a vez dos pais dos alunos pertencentes ao Agrupamento de Escolas de S. Miguel. «Tendo em conta as crescentes dificuldades das famílias, este ano decidimos incluir nos critérios de seleção as crianças com pais desempregados e com necessidades educativas especiais», adiantou Virgílio Bento. O vereador revelou, de resto, que «29 por cento dos agregados apoiados no Agrupamento da Área Urbana da Guarda têm pais desempregados».
Este ano, vão frequentar as escolas do ensino básico do município 1.519 alunos, sendo apoiados 474. «Destes, oito têm necessidades educativas especiais, 93 têm pais desempregados e 191 integram o primeiro escalão. Os restantes estão no segundo escalão», elencou o responsável. Os vales poderão ser trocados na Digipaper, Inforcinco, Livraria D. Sancho I, Livraria Guardaconta, Livraria Jardim, Livraria Véritas, Papelaria Versos ao Vento e Papelaria Visão. Virgílio Bento tranquilizou ainda os encarregados de educação relativamente ao fornecimento de refeições, confirmando que «há atrasos nos pagamentos do Ministério da Educação», mas que isso não vai comprometer o serviço prestado pela Câmara e que abrange diariamente cerca de mil crianças. Atrasada está a contratação de professores para as atividades de enriquecimento curricular (AEC’s), uma vez que a autarquia ainda aguarda pela autorização do Ministério das Finanças para abrir os procedimentos. «O pedido foi remetido a 29 de junho e continuamos à espera, mas sabemos que outras autarquia já foram autorizadas a realizar essa despesa. Portanto, será mais uma questão de tempo», disse.
Luis Martins 
