A Câmara da Covilhã aprovou, por maioria, esta terça-feira, em reunião extraordinária, o Plano de Actividades e Orçamento para 2008. O documento, que mereceu a reprovação dos dois vereadores socialistas, prevê menos dois milhões de euros face ao corrente ano e deverá ser votado em Assembleia Municipal a 14 de Dezembro.
Em declarações à Rádio Cova da Beira, Carlos Pinto referiu que este é um orçamento marcado «pelo rigor e pela contenção devido aos cortes de financiamento do Governo às autarquias». O autarca também lamentou que as Câmaras «não tenham ainda nenhuma indicação sobre o montante com que vão ser contempladas no Quadro de Referência de Estratégia Nacional (QREN)». Justificações que, contudo, não serviram para convencer a oposição. Vítor Pereira e Miguel Nascimento argumentam que este Orçamento apresenta «um enorme desfasamento entre o rigor e a realidade» e consideram «irreal» a constatação de que «62,6 por cento do total da receita se baseie na venda de bens de investimento». Pelas suas contas, os socialistas consideram ainda que o orçamento real para o próximo ano é de «apenas 30 milhões de euros, considerando que a capacidade de geração de receitas próprias é tão só de 14 milhões de euros e as transferências da administração central são 16 milhões de euros». Contactado por O INTERIOR, Carlos Pinto não quis prestar declarações sobre o assunto.
