O projeto de reabilitação de 48 casas na zona histórica da Covilhã destinadas a estudantes universitários, anunciado pela autarquia no início de 2017, não se irá concretizar para já. O Presidente da Câmara garante que «não desistimos do projeto», trata-se apenas de uma reorganização financeira.
A requalificação de casas antigas iria acontecer no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), mas esta verba «teve de ser realocada para a recuperação do atual Teatro Municipal», também financiada pelo mesmo programa, explicou Vítor Pereira. Segundo adiantou o autarca, a verba prevista para o novo equipamento cultural «não é suficiente, pelo que necessitou de um reforço». Mas esta decisão não põe de lado o projeto das casas, que será agora candidatado ao Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU), criado no âmbito do Portugal 2020. «Estamos neste momento a preparar a candidatura e esperamos que em 2020 o projeto esteja concluído», afirmou o edil.
Quem já reagiu a este adiamento foi Núcleo de Estudantes Social Democratas da Universidade da Beira Interior que, em comunicado, diz esperar que a promessa feita aos estudantes «seja cumprida o quanto antes», rematando que «a UBI, cujo crescimento nos últimos anos é claro, continuará a tentar formar excelentes profissionais que migrarão para outras zonas do país, onde tenham todas as condições que merecem, já que não são prioridade na nossa cidade»
Relativamente à reabilitação do Teatro Municipal, que aguarda pelo visto do tribunal de contas para que as obras possam arrancar, Vítor Pereira referiu que «está para breve», acreditando que «em finais de agosto, início de setembro as obras começam».