A Brigada Victor Jara (23 de janeiro), Camané (27 de fevereiro) e David Fonseca (19 de março) são os principais destaques da programação do TMG para o primeiro trimestre de 2016, que inclui mais de 45 propostas de música, teatro, dança, cinema e artes plásticas.
As atividades foram apresentadas na segunda-feira, em conferência de imprensa, onde Victor Afonso, programador do TMG, também realçou o concerto do projeto “Bruta” (26 de fevereiro), de Ana Deus e Nicolas Tricot, inspirado pelos poemas de autores que estiveram internados em manicómios. No teatro, sobem ao palco as peças “Terra Sonâmbula”, da ESTE – Estação Teatral (16 janeiro), um espetáculo de revista intitulado “Juntos em Revista”, da Marina Mota Produções (8 de fevereiro), e o tributo a Alexandre O’Neill “Portugal Meu Remorso” (12 de março) pelos atores Ana Nave e João Reis. Na área do cinema, o TMG passa a integrar pela primeira vez o roteiro das extensões do CineEco com a exibição de três filmes premiados na última edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, que se realiza anualmente em Seia no mês de outubro. São eles “Passar-se”, de Carl Javier (19 de janeiro), “Todo o tempo do mundo”, de Suzanne Crocker (2 de fevereiro), “Paraíso”, de Nash Ang (8 de março), além de uma sessão de curtas-metragens para o público infantil (dia 12).
Na pintura, o destaque deste trimestre vai para a exposição de Luís Rodrigues na galeria de arte. Natural de Torres Novas, mas a trabalhar em França há várias décadas, trata-se de um pintor e escultor com uma assinalável carreira internacional mas ainda pouco conhecido em Portugal. Este ano vai realizar três exposições, no Porto, Lisboa e na Guarda, onde no dia 23 deste mês inaugurará a mostra “Passé Présent – Pinturas da Memória”. Além destas iniciativas, estão programadas várias atividades do serviço educativo, do projeto “Famílias ao Teatro” e sete sessões extra organizadas por entidades da cidade da Guarda, nomeadamente a 18ª Gala Spal, do Clube Escape Livre (20 de fevereiro), e o 15º festival de tunas Oppidana, organizado pela Copituna D’Oppidana (5 de março). Victor Amaral, vereador da Cultura na Câmara da Guarda, sublinhou que esta programação é «diversificada, de qualidade e densa» e mantém o TMG «na linha da frente em termos regionais».
Mais descontos para chegar a novos públicos
Este ano, a autarquia atribuiu 140 mil euros ao TMG, mais 22 mil que em 2015. É um «aumento substancial» que servirá para melhorar a programação, atrair novos públicos e apostar mais na divulgação das atividades agendadas.
A grande novidade é a introdução de novos descontos através da «reestruturação total» do cartão “Amigos do TMG”, que passa a ser entregue gratuitamente a quem comprar 30 euros em bilhetes e garantirá descontos de 50 por cento em futuros ingressos. O Teatro Municipal também vai apostar na campanha “Dois em Um”, que consiste na oferta de uma entrada na compra de outra em espetáculos pontuais, e lançar um serviço de “babysitting” para que os pais possam assistir aos espetáculos. São medidas que se destinam a «reforçar o posicionamento do TMG enquanto estrutura cultural “âncora” no contexto local, regional e até nacional», justificou Victor Amaral. Para além destes descontos, continuam em vigor as reduções de 50 por cento para jovens até aos 25 anos e desempregados e de 30 por cento para portadores de cartão de estudante ou cartão jovem, para maiores de 65 anos, famílias (mínimo de três pessoas, pais e filhos), grupos (dez ou mais pessoas) e funcionários do município.
O vereador revelou também que o TMG teve «cerca de 20 mil espetadores» no ano passado (tinham sido 24 mil em 2014), mas recordou que o complexo cultural da Guarda esteve fechado entre 15 de julho e 15 de setembro e ainda falta contabilizar as últimas propostas de dezembro. De resto, o autarca adiantou que, «em 2015, no conjunto das 143 atividades, tivemos uma taxa de ocupação de 61 por cento, quando em 2014 foi de 55 por cento». Na sua opinião, este indicador revela que «o TMG está a captar mais pessoas e novos públicos». Questionado pelos jornalistas, Victor Amaral afirmou que a Câmara deverá definir este ano o novo modelo de gestão do Teatro Municipal, atualmente gerido pela autarquia em consequência da extinção da empresa municipal Culturguarda.
Luis Martins 
