A Adecco, líder mundial na gestão de recursos humanos, inaugurou na sexta-feira, na Guarda, um “call center” que poderá empregar até 250 pessoas nos próximos dois anos. Situado no parque municipal da cidade, o centro entrou em funcionamento na segunda-feira com 25 operadores.
Os restantes vão ser seleccionados à medida das necessidades da empresa. «O número poderá triplicar até ao Verão. A nossa garantia é que conseguiremos criar os 250 empregos num horizonte temporal de dois anos, isto numa perspectiva cautelosa», adiantou o director-geral da Adecco. Segundo Paulo Canôa, a Guarda foi escolhida para este investimento de 800 mil euros com base em estudos demográficos e do mercado de mão-de-obra: «Pela sua população jovem, os seus índices de empregabilidade e a aptidão natural das pessoas para falar algumas línguas estrangeiras, nomeadamente o castelhano, a cidade era a ideal. Além disso, houve uma proactividade fantástica da autarquia para implementar este projecto», referiu, lembrando que passaram quatro meses desde a sua apresentação. O responsável acrescentou que «não tem sido difícil» arranjar pessoas para trabalhar neste novo centro, onde a idade parece não ter sido um entrave à contratação, já que uma das operadores tem 52 anos.
Por sua vez, Joaquim Valente confidenciou que gostaria de trabalhar no espaço inaugurado, aludindo ao «ambiente verdejante e à tranquilidade» da envolvente. A autarquia gastou cerca de 450 mil euros nas obras de adaptação do pavilhão, verba que vai ser liquidada pela empresa mediante o pagamento de rendas mensais, com dois anos de carência. De resto, a coincidência desta inauguração acontecer um dia depois do anúncio de mais despedimentos na Delphi não passou despercebida. Paulo Cânoa sublinhou tratar-se de uma «aposta arrojada, numa altura em que aumenta o desemprego e o investimento privado se retrai». Já o edil guardense considerou que «a Adecco vai contribuir para minimizar o drama social do desemprego», acrescentando que «é com a conjugação de esforços entre o público e o privado que temos que dar a volta à economia. O centro da Guarda prestará serviços de “backoffice”, pós-venda ou cobrança, prospecção comercial e atendimento ao cliente para empresas de áreas como as telecomunicações e bancos, entre outras.
Luis Martins