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Cale Festival põe arte nas ruas do Fundão

Iniciativa começa segunda-feira e decorre até sábado

As ruas, esquinas e os vários espaços comerciais do Fundão vão ser invadidos pela arte, a partir de segunda-feira, para mais uma edição do Cale Festival. Ao programa estão, até dia 23, espectáculos de dança, música, filmes musicados ao vivo, exposições, instalações multimédia e performances artísticas.

Fazendo jus ao lema de que “a arte não tem lugar”, as actividades previstas para este ano vão decorrer nos espaços mais invulgares. É o caso da performance “Põe Play #1”, que estará, logo pela manhã, na loja “O Sonho da Criança”. Dois DJ’s encarregar-se-ão de “temperar” o ambiente com músicas do mundo, do canto alentejano às vozes búlgaras. Ao final da tarde é a vez de Clara Amaral apresentar o estudo de dança “#01” no Casino Fundanense, seguindo-se a performance “…Dançar Te…”, de Juliana Gamas, na Praça Velha, a partir das 22 horas, a propósito da euforia dos anos 20 e do “Tap Dance”, movimento surgido em 1928. Na terça chega o Teatro Histérico com a comédia “O Império do Oriente”, escrita em 1964 por Jorge de Sena sobre o Império Bizantino. O filme “Microcosmos”, concebido pelos biólogos Marie Perennou e Claude Nuridsany sobre a vida dos insectos, promete surpreender quarta-feira, surgindo musicado ao vivo na Rua da Cale por dois Dj’s.

Mas até sábado ainda há para ver a projecção imaginária “Varius, Multiplex Multiformix”, de Luíz Antunes; o filme vídeo “Da Pele à Pedra”, de Pedro Sena Nunes, a animação electroacústica “Canal 0”, de João Bento e João Cabaço, e a performance “Stracciatella”, concebida pela Quarta-Parede. Os franceses Elephant Vert e os italianos Il Posto encerram o festival. Os primeiros, vestidos de faunos, irão percorrer a avenida do Fundão, a Praça Velha e a Praça do Município captando sons, enquanto os segundos apresentam uma performance de dança aliada à música e à arquitectura. Igualmente presentes nesta edição estão os “Diálogos com a Arte”, mas desta vez com José Carlos Teixeira, especialista nas manifestações culturais. A conversa está marcada para sábado à tarde no Café Aliança. Durante o certame, pode apreciar três exposições, uma das quais é a retrospectiva fotográfica intitulada “Lugar à Dança”, acerca da residência artística realizada no ano passado na Lavaria do Cabeço do Pião, patente no restaurante 1º de Janeiro. As outras são a “Mural Lomocale”, na Cooperativa das Artes e a “Arte Cale”, sobre as diversas propostas deste festival, no Casino Fundanense e na Rua da Cale. De segunda a sábado estará ainda no ar a Rádio Cale, criada especificamente para o festival com entrevistas, DJ sets, música e programas especiais, com o contributo de animadores de rádios locais e vários Dj’s.

Liliana Correia

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