Caso não aconteça nenhum contra-tempo, a Brigada de Trânsito (BT) da GNR da Guarda já deve ter mudado de “armas e bagagens” em Março do próximo ano para as suas novas instalações. A vivenda em questão, localizada na rotunda da Arrifana, junto ao cruzamento para Pinhel, pertíssimo da A23 e da A25, já está a ser alvo de obras de remodelação e adaptação.
Trata-se de uma solução provisória até que o desejado novo quartel da GNR da Guarda fique concluído, mas que agrada ao Alferes Bruno Gonçalves, comandante distrital da BT. «Fico muito satisfeito com esta opção porque permite melhorar substancialmente as condições e o bem-estar dos militares deste destacamento, bem como o tempo de rapidez para acorrer aos acidentes», frisa. De igual modo, ao deixarem o centro da cidade, «já não colocamos em risco a segurança dos cidadãos», isto porque um carro em marcha de urgência «envolve sempre algum perigo», admite. Quanto ao local encontrado, mesmo na confluência da A23 e da A25, é «perfeito», por permitir que, no espaço de «poucos segundos», os agentes possam sair do portão e entrar na auto-estrada. Em relação à mudança, Bruno Gonçalves adianta que «ainda não há uma data concreta», mas as melhores previsões apontam para «os primeiros meses do próximo ano», o mais tardar em Março, isto caso não aconteça nenhum constrangimento. O novo “quartel-general” da BT da Guarda, que será arrendado por uma verba cujo montante não foi divulgado, compreende uma moradia e um amplo espaço de estacionamento, «importantíssimo para a segurança e conservação das viaturas», refere.
O comandante da BT ressalva o facto das novas instalações serem, «acima de tudo, a resposta adequada à falta de espaço, aquecimento e iluminação a que estávamos sujeitos no quartel da cidade». Agora, com mais espaço disponível e uma melhoria significativa das condições, será possível o número de efectivos do destacamento – que tem actualmente 72 agentes – poder «aumentar substancialmente», aponta. Já a nível de material administrativo ocorrerão «melhorias significativas», ao contrário da frota de viaturas, porque, na generalidade, o destacamento está «bem servido». Recorde-se que a ida da BT para o mesmo local chegou a ser dada como certa há cerca de dois anos, mas o processo acabou por ficar “congelado” e a força policial continuou no centro da cidade. A razão pela qual a mudança não se chegou a verificar prende-se com o facto de não ter sido assinado o necessário despacho pela administração central. Uma situação que não se verificará desta vez, garante Bruno Gonçalves, já que «toda» a documentação foi assinada, o que viabiliza o andamento do projecto. Na altura, o valor da renda a pagar rondava os cerca de 1.500 euros por mês, verba a suportar pelo Ministério da Administração Interna. Em Novembro de 2003, o então comandante da BT da Guarda, Pedro Patrício, alertando para a falta de condições nas actuais instalações, chegou a aventar a hipótese da transferência do destacamento para Celorico da Beira. Uma ameaça que levou a Câmara da Guarda a manifestar-se junto do comandante geral da GNR e do antigo ministro da Administração Interna, Figueiredo Lopes, reclamando a construção «urgente» do novo quartel na cidade.
Ricardo Cordeiro