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Bruno Pereira indiciado por alegada difamação

Ministério Público acusa elemento do Bloco de Esquerda de ter posto em causa o «bom nome» da Câmara da Covilhã

As declarações de Bruno Patrício Pereira, representante do Bloco de Esquerda (BE), no início deste ano, segundo as quais a autarquia covilhanense estava a cometer «uma manifesta tentativa de fraude à lei» com a venda de 49 por cento da Águas da Covilhã, valeram-lhe uma acusação do Ministério Público (MP) por cinco crimes de difamação contra a Câmara.

Em comunicado, a autarquia divulgou partes do despacho, segundo o qual tais afirmações «contendem com a honra, prestígio, idoneidade, bom nome, reputação e consideração social do visado Município da Covilhã, bem como do seu presidente e vereadores». O MP considera ainda que o advogado agiu de «forma voluntária livre e conscientemente, bem sabendo ser-lhe proibida e punida por lei penal a sua conduta». A Câmara acrescenta ainda que a Ordem dos Advogados, através do Concelho de Deontologia de Coimbra, ter-lhe-á instaurado um processo de inquérito pela alegada prática dos mesmos crimes. Confrontado por “O Interior”, Bruno Pereira confirma ter sido chamado para um processo de averiguação ao qual tem 20 dias para responder, mas acrescenta que «é uma falsidade a questão do processo disciplinar». O advogado refere que este procedimento servirá para decidir «se vai existir ou não» um processo disciplinar.

«É mais uma manobra manipuladora com o dinheiro dos contribuintes para me intimidar», considera Bruno Pereira, para quem «não é com estes métodos que ele [Carlos Pinto] vai conseguir». De resto, o representante do BE acusa a autarquia de violar o segredo de justiça. Acusação que o presidente da Câmara da Covilhã não quis comentar.

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