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Brincando aos clássicos

Gira-Riscos

Se Rouse data a sua memória, Rufus faz deste Want, no seu primeiro capítulo, a súmula perfeita da pop de corte clássico. Um casamento feliz, só ao alcance dos verdadeiros talentos. A sincronia do Bolero de Ravel com a sua própria composição é somente o aperitivo inicial (Oh what a World) para o fabuloso manjar dos deuses que se segue. Estamos perante a explanação máxima do som, tudo soa maravilhosamente grandioso. Do princípio ao fim Want é; denso, memorável, épico, arrebatador, delicado. Um desses excessos barrocos (passo a redundância) que de tempos em tempos, alguns dos predestinados para estas coisas da música conseguem conceber. Um desafio a mediocridade, onde apesar do excesso nada parece excessivo.

Até agora o disco do ano, apenas passível de ser destronado pelo segundo tomo desta mesma saga, o mesmo que dizer Want (two). Aguardo ansiosamente. (Sem riscos)

Aviso á tripulação: A partir de hoje este Gira Riscos tem uma extensão radiofónica no ciberespaço, onde os sons se sobrepõem as palavras. Basta para isso entrar em http://girariscos.blogspot.com e seguirem as instruções. Entre as 22 e as 22:30 hrs de todas as quintas feiras estaremos em sintonia, assim espero.

Por: Bruno Reis

reysbr@yahoo.com.br

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