Centro Tecnológico das Indústrias Têxteis e do Vestuário de Portugal (Citeve) assinou um protocolo de intenções para a instalação de uma unidade similar à da Covilhã e de Vila Nova de Famalicão no Brasil. Rubricado na última sexta-feira no Brasil, o documento pretende criar um centro tecnológico no Ceará aproveitando para tal o “know-how” do centro português. Assim, o Citeve passará a prestar apoio através de um sistema de “franchising”, indicando a esse consórcio os equipamentos a comprar, as técnicas, os sistemas de informação a usar e como fazer a formação de técnicos no Brasil. «O Governo do Ceará pediu para que investíssemos no Brasil, mas como essa não é a nossa função, optámos assim por um sistema de “franchising”, sendo o investimento em laboratórios e em equipamentos realizado pelo consórcio local», disse à Agência Lusa Braz Costa, director geral do Citeve, que justificou a escolha deste sistema pelo facto da estrutura «não estar em condições de fazer um investimento directo no Brasil» face à necessidade de reinvestimento interno em equipamentos e dúvidas quanto aos fundos comunitários após 2006. «As boas condições do Citeve no sector e no quadro europeu, ao nível da consultadoria, assistência técnica e da actividade laboratorial» estiveram, de acordo com Braz Costa, na origem desta escolha pelos empresários brasileiros. De realçar que as relações entre o Citeve e o Brasil não são de agora. No primeiro semestre deste ano, o centro criou em São Paulo a “Citeve – Brasil”, uma empresa que actua na área da certificação “Oko-Tex” (sistema que garante que os produtos não têm substâncias nocivas à saúde). Trata-se de um rótulo de qualidade exigido no contexto do comércio internacional de produtos têxteis para poder circular nos países ricos da Europa e do Mundo.
