Foi no dia 8 de agosto de 1656 que morreu em Avô (Oliveira do Hospital), Brás Garcia de Mascarenhas. Aí tinha nascido a 10 de fevereiro de 1595.
Foi preso em 1616, por causa de um duelo, quando estudava Direito Canónico em Coimbra. Tendo conseguido fugir para Espanha em 1620, dali seguiu para França, Itália, Flandres e Brasil, onde lutou contra os Holandeses e atingiu o posto de alferes. Após a Restauração, constituiu, em 1641, o batalhão voluntário denominado “Leões da Beira”. Governador da praça de Alfaiates (Sabugal) em 1642, foi preso sob a acusação de desobediência a uma ordem de D. Sancho Manuel, general-comandante da Beira.
Uma engenhosa carta em verso, composta por letras recortadas do Flos Sanctorum, enviada a D. João IV, fez com que este o chamasse a Lisboa e o ilibasse, reintegrando-o no seu cargo.
Compôs o poema heroico “Viriato Trágico”, vindo a lume em 1699, composto por 20 cantos e oitava rima, que adquire agilidade e vigor impressionantes, a par de grande variedade de pitoresco e colorido quando o poeta evoca duelos, recontros e golpes de audácia.
Por: Américo Brito
