Foi no dia 4 de maio de 1905 que nasceu, em Mortágua, António José Branquinho da Fonseca. Licenciou-se em 1930 na Faculdade de Direito de Coimbra. Ainda estudante, em 1926, faz a sua estreia literária com a obra “Poemas”, que assina com o pseudónimo de António Madeira. No ano seguinte funda, juntamente com José Régio e João Gaspar Simões, a revista “Presença”, que dirigiu até 1930, e que foi considerada o marco inicial da continuidade do modernismo português. Também, e em Coimbra, funda a revista literária “Tríptico”.
A 16 de junho de 1930, com Miguel Torga e Edmundo Bettencourt, desliga-se definitivamente da “Presença”, não concordando com os rumos tomados, acusando mesmo de haver entraves aos limites de liberdade na escrita. Com Miguel Torga funda a revista “Sinal”, da qual só foi publicado um número. Em 1932 passa a exercer o cargo de Conservador do Museu Biblioteca Conde de Castro Guimarães, criando, em 1953, o projeto de uma biblioteca-itinerante, a primeira do género em Portugal. Seis anos depois é convidado por Azeredo Perdigão para fundar e dirigir o Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian. Com uma obra diversificada, publicou poemas, contos, novelas, romances e peças de teatro. Alguns críticos elegem “O Barão” (1943) como a sua obra-prima, havendo no entanto discordância quanto ao género a que a obra pertence: conto ou novela. Morreu na Malveira a 16 de maio de 1974.
Por: Américo Brito