O ministro da Administração Interna garantiu, anteontem, à Liga dos Bombeiros Portugueses que vai receber «adiantamentos» para suportar as «dificuldades financeiras» das corporações, uma solução considerada «satisfatória» apesar de ser menos do que exigiam.
Em declarações aos jornalistas após uma reunião com Miguel Macedo, o presidente da Liga, Jaime Soares, afirmou que o ministro se comprometeu a «fazer adiantamentos sobre determinadas verbas» a que os bombeiros têm direito e a «fazer o reforço desses adiantamentos na altura própria». Os voluntários exigem «um reforço de verbas para o momento excecional de fogos» que se vive atualmente e pretendiam que fosse declarado um alerta amarelo que permitisse que «a cada momento se fosse fazendo o reforço de verbas». Essa seria a «solução definitiva», afirmou, acrescentando que embora a solução a que se tenha chegado não seja «cem por cento» eficaz, os bombeiros não saíram do Ministério da Administração Interna «de mãos a abanar».
Jaime Soares escusou-se a falar em valores, mas garantiu que as despesas feitas serão «devidamente comprovadas». As verbas que o ministro se dispôs a adiantar «permitirão ir suportando as dificuldades financeiras» e «aligeirar» a situação para os bombeiros a braços com uma situação de seca prolongada e mais fogos. O dirigente afirmou ainda que o ministro se dispôs a fazer «alguns acertos cirúrgicos» à lei orgânica da Autoridade Nacional de Proteção Civil, mas não uma nova lei, como pretendia a Liga. «Desejaríamos uma nova lei orgânica que contemplasse propostas que modernizariam o sistema no sentido de aumentar a operacionalidade, diminuindo até os custos de funcionamento», referiu.
