O Sporting da Covilhã perdeu por duas bola a uma em Mafra no primeiro encontro da época 2004/2005, jogo que marcou o regresso do Covilhã à IIª divisão “B”, depois de duas épocas consecutivas na Liga de Honra. Esta não foi assim a melhor estreia de Fernando Pires no banco dos serranos, tal como a de vários jogadores com a camisola do Covilhã, mas a exibição dos “leões da serra” merecia melhor sorte.
Acabaram por ser os lances de bolas parada, cada vez mais importantes no futebol moderno, a ditarem o resultado, numa partida onde o Covilhã procurou mais a vitória, que acabou por sorrir à turma local. O encontro começou da melhor maneira, aberto e cheio de velocidade, com o primeiro lance de registo a aparecer ao minuto 13, com Cordeiro a rematar por cima da barra da baliza de Leão. Aos 20’, surgiu a melhor oportunidade de golo para os serranos, com Tarantini a surgir isolado mas a rematar contra o corpo de Leão. Depois desta oportunidade, o Covilhã perdeu um pouco o gás inicial, e o Mafra começou a surgir com mais perigo junto à baliza de Luís Miguel. À passagem da meia-hora de jogo, Catarino fugiu bem a um defesa serrano e rematou à baliza, com a bola a passar a poucos centímetros do poste do Covilhã. Era o prenúncio do golo do Mafra, que surgiu num livre de Paulo Renato, com o esférico a entrar junto ao poste esquerdo. Os serranos reagiram e marcaram no último lance da primeira parte, mas o árbitro José Godinho anulou o lance, por pretenso fora-de-jogo de Luizinho.
Logo no reatamento, Cordeiro teve de novo um belo remate, mas Leão mostrou-se seguro entre os postes. No único lance em que o guarda-redes do Mafra falhou, Tarantini não aproveitou e atirou às malhas laterais. Mas o golo do empate para o Covilhã acabou por surgir ao minuto 67, por intermédio de Oliveira, num lance muito confuso. Quando os “Leões da Serra” pareciam estar ainda com forças para a reviravolta total, surgiu o tento da vitória para a formação local. De novo num lance de bola parada, desta vez na sequência de um canto, Catarino fez o dois a um e ofereceu os três pontos ao Mafra. No final da contenda, Fernando Pires, técnico do Covilhã, reconheceu que a sua a equipa não realizou uma «bela exibição», mas que merecia «no mínimo» o empate. O árbitro José Godinho, de Évora, acabou por ter influência directa no resultado final.
Francisco Carvalho/Rádio da Covilhã