Noticiou, recentemente, um semanário da Guarda que vai abrir para breve uma residência sénior, equipada com todos os requisitos e conforto para os utentes.
Em primeiro lugar, há que felicitar a presidência da Associação Augusto Gil pela feliz ideia de pôr em prática, vencendo todos os obstáculos que se lhe deparavam no caminho, tão complexa obra, enriquecendo assim a Guarda com mais este serviço. Façamos votos para que os futuros residentes tenham uma vida prolongada e uma relativa boa saúde, (…). Que a instituição obtenha os melhores rendimentos financeiros possíveis para distribuição de outras iniciativas de beneficência que lhe é tão peculiar, é também o que desejamos.
O que não justificava era a notícia ser dada com pompa e circunstância. Visto que a oferta do produto deve ser de uma enorme procura e que não se justifica a preocupação de uma divulgação exagerada. No entanto, deve ser mais fácil um idoso entrar no “reino do Céu” do que nesta Residência Sénior, até porque a maioria das famílias não tem meios suficientes, ou nenhuns, para entrar nesta “corrida”. (…) Quantas vezes as reformas não chegam para medicamentos e o mínimo de alimento. É por estas “quantas vezes” e outras que não foram ditas, que devemos pensar todos em todos. Ou então não somos seres humanos.
António do Nascimento, Guarda