«Quem foi um “bluff” foi o candidato do PS que não conseguiu ganhar a Câmara, nem agora foi capaz de ser oposição», considera a concelhia da Guarda do PSD numa reação à entrevista de José Igreja publicada na última edição de O INTERIOR.
Num comunicado com oito pontos, assinado pelo líder da secção, Luís Aragão vem a terreiro defender Álvaro Amaro sustentando que «já fez mais este executivo para conseguir pôr a Guarda no mapa em dois anos e meio de mandato que os anteriores três ou quatro mandatos de desgoverno autárquico socialista». O social-democrata admite que a dívida da autarquia «ainda não está resolvida», mas realça que o executivo presidido por Álvaro Amaro «conseguiu que ficasse controlada». E exemplifica recordando que a despesa total da Câmara era de «uns expressivos 65.370.329 euros» em 2013, sendo a previsional para o ano corrente «da ordem dos 42.360.265 euros», o que representará no final de 2016 «uma descida superior a 35 por cento, ou seja, mais de 23 milhões de euros», contabiliza Luís Aragão.
A propósito, o dirigente e deputado municipal não esquece que, na última Assembleia Municipal, o PS «absteve-se» na votação da renegociação de um empréstimo que permitiu à Câmara «uma grande poupança» em juros. Uma posição que, na sua opinião, significa que «para o PS da Guarda dever mais ou menos é indiferente». O presidente da concelhia devolve ainda a José Igreja as críticas às «festinhas, festas, festins e festarolas», dizendo que foram os socialistas que prometeram o regresso das festas da cidade se fossem eleitos. No mesmo documento, o social-democrata sublinha também que, «ao contrário do que é afirmado na entrevista», com o apoio da Câmara da Guarda foram criados «até agora cerca de 250 postos de trabalho na plataforma logística e no contact center, entre outras empresas».
Quanto ao saneamento e abastecimento de água, o líder do PSD da Guarda conclui que as obras feitas pelo executivo PSD/CDS-PP nas freguesias significam que, «afinal não estava tudo feito nas aldeias como se apregoava, sendo agora paulatinamente intervencionadas no sentido de as requalificar». Finalmente, Luís Aragão estranha que «quem pediu a suspensão do mandato em abril de 2015 por não ter vocação em ser oposição continue a opinar sobre a gestão autárquica e a dizer que Álvaro Amaro anda a gastar o IMI nas rotundas». «Afinal, tem ou não vocação para ser oposição?», questiona o dirigente, para quem o PS da Guarda tem «de resolver os problemas internos e, depois de estar reorganizado como oposição credível, é que pode vir a terreiro dar o seu contributo para o desenvolvimento da Guarda».
Luis Martins
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