Arquivo

Blind Zero são “cabeça-de-cartaz” da Semana do Caloiro da Guarda

Redução do número de alunos na ESTG preocupa presidente da AAG

Os portuenses Blind Zero são os “cabeças-de-cartaz” da Semana do Caloiro da Guarda que começou ontem e termina no sábado. Devido à sua boa localização e ao muito frio que já se faz sentir na cidade, a festa dos estudantes, orçada em 50 mil euros, volta a realizar-se no pavilhão do Estádio Municipal depois da Semana Académica ter decorrido no “Iglódromo”. Entretanto, o presidente da Associação Académica da Guarda (AAG) diz que é «preciso reflectir» sobre o futuro do IPG.

Sábado promete ser o mais animado dos quatro dias da Semana do Caloiro. Para além do tradicional Arraial do Caloiro, a noite fica marcada pela actuação dos Duff, Blind Zero e ainda do popular Leonel Nunes. Amanhã é a vez dos Dr. Valium, Quim Barreiros e de um DJ convidado. Já o dia de hoje está reservado para a actuação das Tunas e do acordeonista Ângelo Brás. Ontem à noite, actuaram os Gig e os Kussondulola. Para além da animação nocturna, estão ainda previstas actividades durante o dia, como jogos tradicionais, o “auditório” e o desfile académico. O cartaz da Semana do Caloiro de 2004 tem um orçamento de cerca de 50 mil euros, «um pouco menos do que se gastou no ano passado porque os tempos são de crise e obviamente nós também sentimos um pouco isso», sublinha Nuno Silva, presidente da AAG. Ao contrário da última Semana Académica que decorreu no “Iglódromo”, esta actividade decorre novamente no pavilhão do Estádio Municipal: «É um sítio central e a Guarda ainda está aquém para fazer este tipo de actividades. O “iglódromo” não é o espaço certo para fazer este tipo de actividades devido à sua localização e ao frio», considera o dirigente que espera que a nova sede da Associação seja inaugurada «em breve».

Nuno Silva aproveitou ainda a apresentação do programa da Semana do Caloiro para mostrar a sua «tristeza» pelo facto da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) «ter deixado 150 vagas por ocupar» em cursos que suscitaram uma boa procura em anos anteriores, caso de Engenharia Informática, Secretariado e Assessoria de Direcção e Engenharia Civil. «Já não são os tradicionais cursos que ficam por preencher», alerta. Por isso, «urge fazer uma reflexão sobre estes problemas» para que se consiga «dar a volta e entrarmos provavelmente por um caminho diferente, mais positivista», espera. Para Nuno Silva, a ESTG sofre de «erros estratégicos», como o facto da Matemática e Física, «cadeiras deficitárias» no secundário, serem as provas específicas requisitadas para o curso de Engenharia Civil, enquanto que Bragança e Portalegre têm Geometria Descritiva como uma das cadeiras de acesso. «Os alunos quando se candidatam ficam logo blindados à entrada. Creio que a direcção está a tentar resolver esse problema mas é um erro sistemático», lamenta. Já em relação às Escolas Superiores de Telecomunicações e Turismo (ESTT) e de Educação (ESE) mostrou-se satisfeito. No caso da ESE, registou mais uma vez o «sucesso» a nível de entradas, o que é conseguido graças à «estratégia interna» onde os «próprios cursos criados são atractivos». Para o fim ficou um «registo negativo» por «nunca mais vermos a Escola Superior de Saúde» chegar à Guarda.

Ricardo Cordeiro

Sobre o autor

Leave a Reply